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Avança a disputa por embarques de carne suína no porto de Rio Grande

A implantação de uma câmara de inspeção sanitária no Terminal, operado pela Wilson Sons, colocou a empresa na briga pelo embarque das exportações de carne suína do Estado


A implantação de uma câmara de inspeção sanitária climatizada no Terminal de Contêineres (Tecon) do porto de Rio Grande (RS), operado pela Wilson Sons, colocou a empresa na briga pelo embarque das exportações de carne suína do Estado. O equipamento definitivo, que exigiu investimento de apenas R$ 235 mil, começou a funcionar dia 28 de julho, mas as instalações provisórias montadas no início do ano já mostraram a forte demanda o segmento, disse o diretor comercial do Tecon, Thierry Rios.

De acordo com ele, o terminal movimentou 2 mil contêineres com carne suína destinada basicamente ao mercado russo no primeiro semestre. No mesmo período foram movimentadas no local 130 mil unidades (cheias), considerando todos os tipos de mercadorias. Sem a nova unidade climatizada, pelo menos 70% da carne teria saído do país pelo porto de Itajaí (SC), explicou o diretor.

A câmara climatizada tem cem metros quadrados de área e permite que os fiscais do Ministério da Agricultura examinem simultaneamente dois contêineres sem os riscos provocados pela mudança das temperaturas. Antes da instalação da unidade, os contêineres eram levados para um frigorífico na cidade, o que aumentava os prazos e os custos e inviabilizava a operação no porto, disse Rios.

"Até 2008 o movimento de carne suína no Tecon era muito pequeno", explicou o diretor. Segundo ele, os 2 mil contêineres embarcados no primeiro semestre correspondem a cerca de 90% do volume exportado pelas indústrias do setor no Estado. "Agora vamos tentar absorver 100% dos embarques", afirmou.

O coordenador geral do Sistema de Vigilância Agropecuária Internacional (Vigiagro) do Ministério da Agricultura, Oscar de Aguiar Rosa, disse que a unidade climatizada poderá ser usada pelos fiscais para a inspeção de produtos tanto exportados como importados. "A câmara dá mais agilidade e segurança ao trabalho". De acordo com ele, o Tecon de Rio Grande é o quinto do país a operar com um equipamento desse tipo, além de Itajaí, Paranaguá (PR), Santos (SP) e Pecém (CE).

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