Avanço na colheita de milho no PR é dificultado pela chuva
“As condições das lavouras são de 44% boa, 37% médias e 19% ruins"
A colheita avançou apenas 3%, para 11% até o último domingo no Paraná, segundo relatório semanal de acompanhamento das lavouras, do Departamento de Economia Rural do estado (Deral-PR), divulgado hoje. No ano passado 58% da área plantada já havia sido colhido, informou a T&F Consultoria Agroeconômica.
“As condições das lavouras são de 44% boa, 37% médias e 19% ruins, contra 78%, 19% e 3%, respectivamente, na mesma semana do ano passado. A fases em que se encontram os cultivos são 29% em frutificação e 71% em maturação, o que pode agravar a deterioração da qualidade diante das chuvas que ocorrem no estado”, comenta.
Na B3, o mercado futuro de milho em São Paulo fechou misto, mas com forte sensação de queda, porque realmente não avançou. Chegou no nível de R$ 48,00/saca, para setembro, que é o mês mais líquido e recuou.
“Mas, os fundamentos ainda são de alta, com os problemas de qualidade, atraso na colheita, grandes volumes comprometidos com a exportação, a emboa, a curto prazo, a pressão da Safrinha se faça sentir. Então, longo prazo, nossa recomendação para os hedgers, que precisam comprar milho (fábricas de ração, indústrias moageiras de milho, produtores de carne), continua sendo a de colocarem ordens de compra de milho na B3, a fim de fixarem preços médios de compra menores para seus custos de produção (quem seguiu nossa orientação desde o início está com preço médio de compra ao redor de R$ 43,00/saca hoje). Se não souber como fazer, pergunte-nos como”, completa.
Já para os vendedores de milho, cooperativas, cerealistas, agricultores em geral, a recomendação é deixar o mercado voltar e subir, acompanhando as cotações para se posicionar.