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Aversão ao risco e maior oferta fazem preços do açúcar atingirem menor nível desde dezembro/20

Preços do açúcar fechou a segunda-feira (23) com a menor cotação desde dezembro do ano passado


Foto: Pixabay

O sentimento de aversão ao risco nos mercados financeiros e uma possível melhoria nas ofertas de açúcar no curto prazo, decorrentes de uma maior disponibilização do adoçante na Índia e perspectivas de produção maior do Brasil com redução do consumo de etanol (devido às restrições de locomoção impostas pela pandemia), fizeram com que os preços do açúcar fechassem ontem (23) na menor cotação desde dezembro do ano passado.

Ontem, em Nova York, na ICE, os preços do açúcar fecharam em baixa em todos os lotes. O vencimento maio/21 foi comercializado em 15,43 centavos de dólar por libra-peso, 10 pontos a menos no comparativo com a véspera. Já a tela para julho/21 foi comercializada em 15,18 cts/lb, redução de 11 pontos. Os demais contratos fecharam no vermelho entre 14 e 25 pontos.

Segundo a Reuters, operadores disseram que uma combinação de demanda física limitada e oferta adequada --graças às exportações indianas -- está colocando o açúcar sob pressão, assim como o "sell off" generalizado em outros ativos de risco. "O prêmio para o contrato maio sobre o julho é o menor desde setembro, indicando melhora na disponibilidade de açúcar no curto prazo", disseram os analistas ouvidos pela Agência de Notícias.

Ainda segundo a Reuters, o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), vinculado à Universidade de São Paulo, disse que os preços do etanol no Brasil tiveram forte queda nos últimos dias, devido às medidas de restrição impostas em meio à pandemia. "Preços mais baixos do biocombustível tendem a levar as usinas a produzir mais açúcar. Há, porém, riscos para os embarques da próxima safra brasileira de açúcar, em função de expectativas de congestionamentos nos portos do país".

Açúcar branco

Em Londres o açúcar branco também fechou em baixa em todos os lotes da ICE Europe. No vencimento maio/21 a commodity foi negociada em US$ 440,50 a tonelada, desvalorização de 8,90 dólares no comparativo com a véspera. Já a tela para agosto/21 caiu 5,20 dólares, negociada em US$ 431,50 a tonelada. Os demais contratos caíram entre 1,30 e 4,30 dólares.

Açúcar cristal

No mercado interno o açúcar cristal fechou pelo segundo dia seguido em alta pelo Indicador Cepea/Esalq, da USP. A saca de 50 quilos foi negociada nesta terça-feira em R$ 108,07 contra R$ 106,67 da véspera, alta de 1,31% no comparativo entre os dias.

Etanol diário

Pelo nono dia seguido o etanol hidratado fechou em baixa pelo Indicador Diário Paulínia, cotado, nesta terça-feira, em R$ 2.442,50 o metro cúbico, contra R$ 2.487,00 o m³ da véspera, redução de 1,79% no comparativo. No mês o indicador já acumula baixa de 15,32%.

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