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Avestruz se consolida como atividade econômica no PR



A Associação de Criadores de Avestruz do Paraná (Acap) prevê um aumento significativo do plantel em 2003. A expectativa é dobrar o número estimado em torno de 8 mil aves e baseia-se nas aves que estão em produção. Além disso, o crescimento registrado nos últimos anos tem se mantido. Em 1996 o plantel não ultrapassava 100 aves. O número de adeptos da atividade vem crescendo significativamente no Paraná, fazendo com que o estado se destaque na região Sul, embora o Sudoeste e o Nordeste brasileiro sejam os maiores produtores. A avaliação da Acap é de que existem entre 2 mil e 3 mil aves em Santa Catarina e no Rio Grande do Sul. `Uma lei estadual não permitia a criação de avestruzes no Estado. A atividade está praticamente iniciando este ano`, afirma João Nilseu Ribeiro de Mello, presidente da entidade. A previsão dos criadores é de que cada vez mais ele ganhe espaço nas propriedades rurais brasileiras com a formação de um mercado nacional e o aumento da demanda dos produtos da estrutiocultura - carne, couro e plumas, em países da Comunidade Européia e Ásia. Atividade concentrada A projeção é de que existam 120 criadores de avestruzes (embora não exista um levantamento oficial), a maior parte concentrados no eixo Londrina/Maringá. Mello é o pioneiro paranaense na estrutiocultura -criação de avestruzes. Quando iniciou a atividade, em 1996, importou da África do Sul (País originário do avestruz), seus primeiros 15 casais de filhotes, por R$ 68 mil. No ano passado, Mello comercializou em torno de 350 animais, através da Estância Savana Zulú, em Apucarana (região Norte). A receita alcançada deve-se à venda de filhotes e adultos para reprodução. De acordo com o presidente da Acap, a atividade atualmente concentra-se na formação do plantel e não há quantidade suficiente de animais para abate, o que deve ocorrer num prazo de três anos. Atualmente o País está iniciando o abate experimental com animal de descarte. A própria Acap que tem por finalidade auxiliar e orientar os produtores incluiu na pauta da assembléia que acontecerá em fevereiro o planejamento de investimentos na atividade de agroindústria de abate. `Acredito que daremos um salto este ano. Estamos tomando algumas decisões praticas. Mas este é o nosso próximo passo`, afirma o presidente destacando que este ano também será feito o primeiro levantamento oficial dos produtores paranaenses. Das aves aproveita-se quase tudo: a carne, as plumas, o couro, a gordura e a carcaça. Os ovos não fertilizados podem transformar-se em peças artesanais. A produção anual de uma fêmea é em torno de 20 ovos, com caso de até 30 ovos; enquanto cada filhote custa cerca de R$ 200 a R$ 300. Conforme a idade do animal o preço aumenta, com quatro meses um casal é comercializado por R$ 2,5 mil. Em fase de reprodução o preço do casal atinge entre R$ 12 mil a R$ 15 mil. `O crescimento da atividade está relacionado ao retorno do capital investido, permitindo segurança de capitalização para quem entra na atividade. Temos exemplos de criadores que iniciaram com dois casais, sendo que um morreu. Ou seja, com 50% do investimento conseguiram cobrir toda a perda e ainda ter lucro`, explica Mello. Investimento inicial O investimento inicial necessário é de R$ 20 mil, sem considerar a área física. O valor é considerado baixo, já que os pioneiros investirão em torno de R$ 88 mil incluso a aquisição de equipamentos como um incubatório (necessário para garantir a fertilização dos ovos). Atualmente os criadores podem terceirizar a incubação dos ovos, barateando os custos. O presidente da Acap, que também é prestador de serviços de incubação, explica que o custo por filhote nascido é de R$ 30 por mês. Sendo que no início da criação brasileira de avestruzes era necessário 25% do número de filhotes nascidos para cobrir o custo com incubação. Ou seja, a cada 100 filhotes, 25 eram destinados a cobrir o custo. Calculando o preço do filhote em torno de R$ 250, seria o equivalente a R$ 6,2 mil. Com a tercerização, a incubação de 100 filhotes varia em torno de R$ 2,5 mil a 3 mil. Cynthia Calderon - Curitiba/PR

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