CI

Aviação agrícola contra mosquitos no México

Os aviões agrícolas ainda são usados em paralelo com ações de limpezas de terrenos baldios

A cidade de Zamora, no Estado de Minhoacan, no sudoeste do México, entrou 2012 festejando mais de um ano sem registro de casos de dengue. A cidade teve uma explosão da doença em 2007 e chegou a ser considerada zona endêmica de dengue. Logo depois, entrou na guerra contra o mosquito Aedes aegypti, tendo a pulverização aérea como uma de suas armas. Conforme o chefe da vigilância sanitária local, Christopher Garcia Mendoza, o último surto registrado da doença foi de 111 casos.

Os aviões agrícolas ainda são usados em paralelo com ações de limpezas de terrenos baldios, pulverização de casas e eliminação de pontos de água parada. As ações se repetem em outros municípios da região, como Sahuayo e Jiquilpan, que também estão conseguindo ficar livres da doença.

CLIQUE AQUI para ver a notícia na imprensa mexicana

BRASIL

A mesma técnica de aviões contra vetores é utilizada há mais de 30 anos nos Estados Unidos, Cuba, Colômbia, Hungria e outros países. No Brasil, a última vez que a aviação agrícola foi usada contra mosquitos foi em 1975, no litoral paulista. Na época, três aplicações em quatro semanas eliminaram a presença do mosquito culex, que havia causado um surto de encefalite em municípios como Mongaguá, Itanhaém e Peruíbe.

Desde 2007, o Sindag vinha propondo ao Ministério da Saúde que a técnica fosse testada contra a dengue em terras brasileiras. Assim, os aviões aplicariam sobre as áreas residenciais o mesmo produto usado nos pulverizadores terrestres (os chamados fumacês). E em proporção menor, com cerca de 400 mililitros (ml) por cada 10 mil metros quadrados (cerca de um quarteirão).

A proposição não teve resposta, apesar das vantagens apresentadas, como a velocidade (que impediria o mosquito de fugir) e da capacidade de atingir pontos inacessíveis à pulverização feita nas ruas (fundos de terrenos baldios, por exemplo). Sem falar no menor custo final, já que enquanto a pulverização aérea custaria 22 centavos por residência, o trabalho terrestre sairia por 19 centavos, mas sem contabilizar a compra de caminhonetes, bombas de pulverização em veículos, bombas costais e equipamentos de proteção. Materiais desnecessários na aplicação por aeronave.

Assine a nossa newsletter e receba nossas notícias e informações direto no seu email

Usamos cookies para armazenar informações sobre como você usa o site para tornar sua experiência personalizada. Leia os nossos Termos de Uso e a Privacidade.