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Bactérias produzem substância que previne o câncer

50% dos agentes anticancerígenos que são utilizados na medicina atualmente tem origem de plantas ou microrganismos


Um tipo de bactérias que vivem ao redor das raízes de uma gramínea australiana produz substâncias anticancerígenas. Foi isso que descobriu o biólogo Leonardo José da Silva em sua tese de doutorado que foi orientada pelo pesquisador da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa Meio Ambiente), Itamar Soares de Melo. 

De acordo com Silva, o estudo se baseou na planta Deschampsia antarctica, da qual extraiu os micro-organismos que vivem em sua rizosfera.  A partir disso, foi selecionado um grupo de bactérias que produzir uma gama de substâncias bioativas e com comprovado potencial para gerar produtos antitumorais. 

“Recursos naturais com importância biotecnológica podem ser explorados nos mais variados ambientes, contudo condições ambientais extremas como as encontradas na Antártica favorecem o estabelecimento de espécies únicas e metabolismos exóticos, os quais aumentam as chances para a descoberta de novas substâncias”, explica. 

Nesse cenário, acredita-se que aproximadamente 50% dos agentes anticancerígenos que são utilizados na medicina atualmente tem origem de plantas ou microrganismos. Nesse caso, várias actinobactérias foram consideradas promissoras pata a produção de compostos contra o câncer, por isso, Silva confirma que o estudo irá continuar. 

“Entre os micro-organismos, bactérias pertencentes ao grupo das actinobactérias apresentam alta versatilidade metabólica para produção de compostos bioativos e habilidade para se desenvolverem em diferentes fontes nutricionais”, conclui.

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