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Bactérias reduzem custos do feijão em 12%

Descoberta dispensa o uso dos nitrogenados



Foto: Marcel Oliveira

O uso de bactérias para a inoculação do feijoeiro em 75% a utilização de fertilizantes nitrogenados nas lavouras e diminuir os custos de produção em 12%, segundo uma pesquisa realizada na Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” da Universidade de São Paulo (Esalq/USP). De acordo com o pesquisador Bruno Ewerton da Silveira Cardillo, além de aumentar os custos, os nitrogenados causam a contaminação dos rios, lagos e lençóis freáticos. 

“Quando adubamos, gastamos muito, 80 kg de nitrogênio por hectare, ao invés de utilizar essa quantidade, utilizei as bactérias e economizei 60 kg, utilizados em cobertura da planta. Na base de plantio e em todos os tratamentos eu usei 20 kg. Economizei 60 kg de nitrogênio por hectare”, explica. 

Nesse cenário, o trabalho comparou a adubação da planta de feijão, utilizando fertilizantes nitrogenados, com a inoculação utilizando as bactérias Azospirillum brasilense, que promove o crescimento da planta, e Rhizobium tropici, associada a fixação biológica do nitrogênio. “Como resultado, eu tive que a aplicação na semente ou no sugo de semeadura e a inoculação com Azospirillum produziu a mesma quantidade de quando eu adubei”, completa. 

A tese foi desenvolvida no Programa de Pós-Graduação em Fitotecnia com orientação da professora Ana Dionisia da Luz Coelho Novembre, do Departamento de Produção Vegetal (LPV).  “Em números, a produção adubada pode até produzir mais, mas nas questões ecológicas e monetárias, se corre menos risco, desde que bem feita a inoculação”, finaliza o pesquisador responsável pelo estudo. 

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