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Bahia mantém segundo lugar na produção de frutas frescas

Estado gera oportunidades de ocupação na cadeia produtiva de até cinco trabalhadores para cada hectare cultivado


As áreas de fruticultura irrigada vêm transformando o semiárido nordestino numa região de produção por excelência de frutas tropicais e competitiva no mercado internacional.

Mantendo o segundo lugar no ranking nacional de produção e exportação de frutas frescas, com 6,4 milhões de toneladas e US$ 156,3 milhões, respectivamente, a Bahia gera oportunidades de ocupação na cadeia produtiva de até cinco trabalhadores para cada hectare cultivado. Isso representa mais de 1, 26 milhão de empregos gerados no campo.

Para o secretário da Agricultura, Roberto Muniz, o segmento frutícola, que demanda mão-de-obra intensiva e qualificada, fixa o homem no campo de forma única, além de permitir vida digna para a família dentro de pequenas propriedades como também nos grandes projetos de irrigação.

“Para que a exploração comercial seja lucrativa em áreas inferiores a 15 hectares é necessário que se produza com qualidade e tenha-se uma boa produtividade, desde que sejam mantidos em níveis que permitam ser controlados pelo proprietário”, salientou Muniz. A fruticultura proporciona uma margem de lucro média de 20% a 40% do rendimento bruto obtido.

Para tornar o empreendimento agrícola mais produtivo, sustentável e socialmente mais justo, começa, na quarta-feira (15), a 20ª Feira Nacional da Agricultura Irrigada (Fenagri), no município de Juazeiro.

O evento, considerado o maior do ramo na América Latina, tem o apoio do Governo do Estado, por meio da Secretaria da Agricultura, Irrigação e Reforma Agrária (Seagri), e deve atrair 60 mil pessoas, interessadas diretamente na atividade, além de realizar R$ 100 milhões em negócios. A feira segue até sábado (18), no Campus III da Universidade do Estado da Bahia (Uneb).

Ebda apresenta novidades

Na oportunidade, a Seagri vai coordenar o estande de 360 metros quadrados do Governo do Estado, do qual ainda participam as secretarias da Indústria, Comércio e Mineração (Sicm), de Ciência e Tecnologia (Secti), de Meio Ambiente (Sema) e de Turismo (Setur).

Com uma programação extensa, a Empresa Baiana de Desenvolvimento Agrícola (Ebda), ligada à Seagri, estará no espaço oferecendo, nos dias 17 e 18 deste mês, o concorrido minicurso sobre fabricação de queijo e iogurte, ministrado pelo técnico Geraldo Magalhães. A Ebda terá também um outro espaço reservado de 400 metros quadrados para demonstrações tecnológicas.

A empresa trabalha na região do Vale com 18 variedades de banana resistentes ao Mal da Sigatoga Negra e ao Mal do Panamá, e estará divulgando no espaço as quatro que tiveram melhor resultado. Os cachos apresentaram em média 150 bananas cada e, em alguns casos, deram 180 bananas por cacho.

Também serão demonstradas técnicas de fracionamento de rizomas de banana para o plantio, com as quais é possível, por meio de uma muda, produzir cinco plantas. Outras técnicas serão apresentadas pela equipe especializada da Ebda; é o caso da banana desidratada e de enxertias em atemoia, umbu-cajá e cajarana.

A pinha de variedade roxa, muito exótica e requisitada pelos mercados interno e externo, também será socializada. Em 2008, aproximadamente 14 mil produtores foram atendidos pela Ebda, sendo 11 mil da área de sequeiro e três mil da agricultura irrigada.

O público da Fenagri ainda será orientado sobre a prevenção e controle de pragas de importância econômica, a partir da divulgação de ações e programas desenvolvidos pela Agência de Defesa Agropecuária da Bahia. As informações serão fornecidas por agrônomos e técnicos da Agência no estande do Governo do Estado.

Serão divulgados e apresentados os resultados alcançados na região dos programas de combate das Moscas-das-Frutas, de prevenção à Sigatoka Negra e Cochonilha do Carmim, o projeto Campo Limpo e a Área de Proteção Fitossanitária do Vale do São Francisco.

O objetivo é manter a região controlada e livre de doenças e pragas vegetais, condição esta essencial para o fortalecimento do agronegócio, garantindo excelente nível de produtividade para as culturas do Vale do São Francisco. Técnicos também estarão orientando os produtores sobre o manejo correto de pragas nos pomares da região.

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