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Bangladesh espera avanço na produção de arroz

Produtividade poderia aumentar em 50%


Cientistas de Bangladesh estão esperançosos com a possibilidade de um avanço na produção do arroz, a partir de estudos com uma variedade selvagem do cereal chamada de Uri dhan. Nos últimos 11 anos, os cientistas têm tentado converter o arroz em uma planta eficiente em fotossíntese, que produziria até 50% mais grãos usando a luz solar, sem exigir mais terra e água. 

A ideia surgiu da preocupação de que, tradicionalmente, as pesquisas atuais resultam em apenas 1% de aumento no rendimento anual, o que não seria suficiente para atender à demanda crescente. O plano era projetar arroz de forma que sua anatomia foliar permitisse maior eficiência na fotossíntese, aumentando assim drasticamente os rendimentos de um dos cereais mais consumidos no mundo. 

Cientistas do Instituto Internacional de Pesquisa do Arroz (IRRI), nas Filipinas, que trabalham em conjunto com pesquisadores de 12 instituições de oito países em um projeto de arroz 'C4' de 20 anos, agora estão tentando levar as amostras Uri dhan para Los Banos, a sede do IRRI, para uma fusão. "Estamos trabalhando em um MTA (acordo de transferência de material) para receber amostras de Uri dhan de Bangladesh", disse o cientista principal e chefe do Projeto de Arroz C4, William Paul Quick, ao Dhaka Tribune. 

Durante a fotossíntese, as plantas absorvem dióxido de carbono, água e luz, transformando-as em açúcar e oxigênio. O açúcar é então usado pelas plantas como alimento e o oxigênio é liberado na atmosfera. O arroz utiliza a via fotossintética C3, que em ambientes quentes e secos é muito menos eficiente que a via C4 usada por outras plantas, como milho, cana-de-açúcar e sorgo. Os cientistas pensaram que se o arroz pudesse "mudar" para usar a fotossíntese C4, sua produtividade aumentaria em 50%. 

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