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Basf investe US$ 300 milhões em nova unidade para exportação


A maior unidade da empresa alemã Basf na América Latina, a fábrica de Guaratinguetá (SP), receberá investimentos de US$ 300 milhões para ganhar uma nova divisão voltada à fabricação de produtos para o agronegócio para atender exclusivamente ao mercado externo. Segundo a prefeitura local, o projeto é fruto de uma joint venture (parceria) entre a Basf e a Petrobras. A empresa confirma que a unidade estará em funcionamento ainda em 2003.

Do volume total do mix para o agronegócio produzido hoje pela empresa no Brasil –fungicidas, herbicidas e inseticidas– cerca de 45% têm como destino as exportações, segundo o diretor de negócios da Divisão Agro da Basf no país, Mauricio Marques. Com o aumento dos embarques – cujo montante não foi divulgado pelo diretor –, a Basf pretende ampliar e fortalecer os mercados onde já atua: países da América Latina (principal região importadora), Europa e Estados Unidos.

A unidade de Guaratinguetá emprega hoje entre 1.000 e 2.000 funcionários, com o investimento; segundo a assessoria de impresa da Prefeitura Municipal de Guaratinguetá, serão gerados cerca de 100 novos postos de trabalho, destinados principalmente à população local.

Mercado interno

Enquanto a nova unidade para exportação não entra em operação, a multinacional alemã volta seu foco para o mercado interno. Em 2003, a divisão agrícola da Basf no Brasil centrará fogo na exploração de produtos voltados para o segmento de hortifrúti, em particular no Nordeste do país, aproveitando a expansão da atividade sucroalcooleira na região. As vendas dos novos produtos garantirão uma agregação de valor à receita da empresa no Brasil da ordem de US$ 15 milhões, segundo Mauricio Marques. No ano passado, a filial brasileira vendeu o equivalente a US$ 960,4 milhões.

Além disso, o diretor estima que os novos produtos garantirão o aumento da participação da Basf no segmento de insumos para hortifrutis dos atuais 9% para 22% até 2006. Serão lançados sete novos produtos na categoria de fungicidas para hortifruti que demandaram investimentos superiores a US$ 1 bilhão e contemplarão as seguintes culturas: cana-de-açúcar, tomate, cebola, batata, melão, flores, maçã, pepino, alho, cenoura e uva.

Para se ter uma idéia, apenas os produtos destinados às lavouras de batatas respondem por 30% das vendas de fungicidas para hortifruti, seguido da maçã, com 24% e do tomate, com 18%, segundo relatório da Basf.

A empresa estima elevar o volume de negócios da divisão agro no Brasil em cerca de 25% este ano. “Esperamos aumentar em 50% o volume de negócios no País nos próximos três anos”, afirma Marques. No ano passado, a matriz alemã da Basf alcançou vendas de aproximadamente US$ 34 bilhões com a comercialização de 8 mil produtos disponíveis em mais de 170 países, sendo que 39 possuem unidades fabris. Apenas a divisão de produtos agrícolas – localizada em Nova Jersey, nos Estados Unidos – responde por cerca de US$ 4 bilhões da receita. Além da nova divisão, voltada ao mercado externo, a empresa também visará o segmento de fungicidas para hortifruti no país.

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