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Bayer faz novos planos...


O que poderá acontecer nos próximos anos é a aquisição de fábricas de produtos específicos, sempre com o objetivo estratégico de reforçar as vantagens competitivas em inseticidas (primeira no ranking mundial), herbicidas (terceira), fungicidas (segunda), tratamento de sementes e produtos para jardinagem, um nicho que está crescendo. Em função do avanço dos transgênicos, a área de biotecnologia crescerá até 2006 mais do que as demais – como inseticidas, fungicidas e herbicidas, diz Scheitza.

A Bayer CropScience pretende investir € 650 milhões por ano em pesquisa e desenvolvimento, aproximadamente 10% de suas vendas anuais de € 7 bilhões. O Brasil está entre os cinco principais países para a nova companhia.

A compra da Aventis CropScience aconteceu no meio de uma grande reestruturação da Bayer, que vai formar uma holding com quatro subgrupos juridicamente independentes. O objetivo é focar ainda mais as atividades nos setores-chave: saúde, proteção das plantas, polímeros e química. O processo deve estar concluído em 2003.

No subgrupo HealthCare serão reunidas as áreas operacionais – produtos farmacêuticos, produtos para diagnósticos e biológicos e saúde animal. Com o reagrupamento das áreas de borrachas, plásticos, poliuretanos e matérias-primas industriais no subgrupo Bayer Polymers, nascerá uma das maiores empresas mundiais de polímeros, com um faturamento de mais de € 11 bilhões, segundo informou o grupo.

Outra mudança está acontecendo na área química, com o surgimento da Bayer Chemicals. Na nova sociedade serão integradas outras empresas com participação da Bayer, como a DyStar, GE Bayer Silicones e a Wolff Walsrode.

Em Leverkusen, numa área de 3,4 mil m², onde trabalham 22 mil funcionários em 600 edifícios, ficam também fábricas de empresas como DyStar, GE Bayer Silicones, Degussa, Agfa, Kronos e UOP. O parque químico da Bayer abriga companhias com produção similar à sua, que alugam as instalações. O edifício central, da década de 40, será demolido em um ano: a reforma custaria mais caro do que a construção de um novo conjunto de prédios.

Todos os dias, excursões de alunos desembarcam no edifício do BayCom – o centro de comunicações da Bayer, que recebe cem mil pessoas ao ano. O grupo encontrou uma forma didática, ilustrativa e atraente de mostrar ao público que participa em quase todos os produtos atualmente no mercado: da bola usada na Copa do Mundo a carros, velas de barco e de windsurf, correia da bicicleta da Mercedes-Benz, cadeiras e dezenas de outros objetos.

Foi o cientista Otto Bayer – que não tem parentesco com os fundadores do grupo – que em 1937 inventou a fórmula do poliuretano. A Bayer nasceu em 1863, pelas mãos do fabricante de corantes Friedrich Bayer e do mestre tintureiro Johan Weskott. Hoje, são 350 empresas e 117 mil funcionários.

Em Monheim, a poucos quilômetros de Leverkusen, se concentram as atividades mundiais da Bayer CropScience – pesquisa, desenvolvimento, produção, vendas de produtos veterinários e fitossanitários. O centro abriga uma coleção de 600 plantas tropicais e subtropicais em estufas. No Instituto de Doenças das Plantas são analisadas cem mil substâncias ao ano, das quais somente 35 mil conseguem superar os primeiros testes de eficácia.

Nas subsidiárias brasileiras da Bayer trabalham 2,5 mil pessoas. Em 2001, o grupo registrou uma receita operacional de R$ 1,4 bilhão, 19,9% maior do que o de 2000. O Ebitda foi de R$ 135,2 milhões, 3,2% superior ao do ano anterior.

(Gazeta Mercantil/Página C2)(Maria Helena Tachinardi)

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