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BB abre linha de crédito para investimento em iLPF

A linha de crédito que está disponível terá juros de 5,5% ao ano


A Fazenda Santa Brígida, no município de Ipameri-GO, recebeu, no dia 1º de junho, a visita de alguns dos mais importantes nomes da agricultura brasileira. Estiveram ali, entre outros: pela Embrapa, o diretor-presidente, Pedro Arraes, e o chefe-geral do centro de pesquisa de arroz e feijão, Pedro Machado; o vice-presidente de agronegócios do Banco do Brasil (BB), Osmar Dias; o presidente no Brasil e vice para a América Latina da John Deere, Aaron Wetzel; além de representantes de outras instituições e empresas e de inúmeros técnicos, engenheiros agrônomos e produtores, dentre eles, a proprietária da Fazenda, Marize Porto Costa e o presidente da Cocamar, Luiz Lourenço. O motivo do encontro foi a apreciação, in loco, dos benefícios trazidos para o setor agropecuário pelo programa de Integração Lavoura – Pecuária – Floresta, iLPF, que tem na Santa Brígida o maior centro de referência.

O encontro teve início no dia anterior, 31 de maio, na Cidade de Caldas Novas-GO, onde foram abordados e expostos para esse mesmo grupo os pontos positivos da iLPF, vantagens que foram comprovadas e reconhecidas por todos que se fizeram presentes na visita à Fazenda no dia seguinte. Ainda em Caldas Novas, foi anunciada, pelo BB, a abertura de carteira de crédito agrícola, exclusiva para os interessados em investir nesse sistema de integração. Segundo o vice-presidente, Osmar Dias, o Banco tomou esse posicionamento por perceber na iLPF a oportunidade de cumprir as metas definidas pelo governo, para investimentos em Agricultura de Baixa Emissão de Carbono, o chamado projeto ABC. “Nós estamos disponibilizando, para começar o programa, R$ 3 bilhões de reais, que, se não forem suficientes, vamos alocar mais recursos”, informa. Para ele, esta é uma “nova onda” da agricultura, que levará o Brasil não apenas a aumentar a produção de grãos e de carne, mas também, “fazer aquilo que foi assinado pela presidente Dilma, que é cuidar da preservação ambiental, compromissos que todos nós temos que cumprir pelo país”, completou.

A linha de crédito que está disponível terá juros de 5,5% ao ano. Os prazos para pagamento, no caso de recuperação de pastagens degradadas, são de oito anos, com três anos de carência. No caso de florestas, o prazo é de 12 anos, e a carência é de seis meses, a partir do primeiro corte, ou seja, se o corte ocorre aos seis anos, a carência será de seis anos e meio; caso a destinação da madeira seja a produção de móveis e outras finalidades que exijam o tempo mínimo de 12 anos para extração, o prazo será também estendido para esse mesmo tempo.

Esse evento marca o início efetivo de um projeto de cooperação entre entidades e setores interessados no desenvolvimento da iLPF. Segundo o Chefe da Assessoria de Inovação Tecnológica da Embrapa, Filipe Teixeira, as instituições e empresas públicas ou privadas que desejem participar farão suas adesões por meio de um contrato que apontará direitos e obrigações de cada um dos envolvidos; criará um conselho gestor formado por membros de todas as entidades que componham o projeto; e definirá como serão o aporte e a utilização de recursos, bem como quais os projetos que os receberão. Filipe revela que esse trabalho de cooperação, num segundo momento, poderá vir a se tornar o Instituto iLPF, e provavelmente o será. A intenção de começar por uma parceria entre as partes é dar rapidez ao processo, já que a criação de uma instituição demanda trabalho maior. Além disso, quando for ser constituído o Instituto, este já terá metas, ações e interesses prontos e definidos pelas experiências desse momento atual.

Sobre o assunto, Instituto iLPF, o presidente da Embrapa, Pedro Arraes, revela que os trabalhos não estão prontos. Segundo ele, há questões ainda não muito bem definidas e que são extremamente relevantes para sua criação, entre elas, os indicadores de fixação de carbono na introdução do elemento Floresta na integração, que ainda não são consensuais em nível mundial. “Existe uma necessidade de pesquisa que será feita por meio desse projeto de cooperação”, afirma. Falando acerca dos participantes desse início de trabalho, em especial das empresas privadas, Pedro Arraes diz que a dedicação de apoio de cada uma a um núcleo específico de implantação dos trabalhos, pode ser uma maneira eficaz de atingir resultados. “Assim como a John Deere adotou, junto com a Universidade [UEG], a área de treinamento aqui da Santa Brígida, cada um dos parceiros poderia adotar, da mesma forma, um centro de treinamento e divulgação. Se pudéssemos criar uns seis ou sete núcleos como esse pelo Brasil seria muito bom”, diz.

A ideia básica, como explica o presidente Pedro Arraes, é unir as empresas públicas ligadas à pesquisa, às da iniciativa privada, fazendo com que estas financiem os trabalhos daquelas. O momento agora, segundo ele, é de análise das sugestões da Embrapa, para que os possíveis integrantes do projeto decidam quanto às suas participações, como e onde cada um irá atuar. “Nós apresentamos uma proposta [em Caldas Novas] de como fazer esse arranjo. Daqui para frente vamos efetivamente implementar o convênio entre as empresas, e definir como vai ser escolhido o comitê gestor”, completa.

As informações são da assessoria de imprensa da Embrapa Arroz e Feijão.

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