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Benguela: Cafeicultores pretendem relançar produção na Ganda


Ganda – O director da Estação Experimental de Café no município da Ganda, província de Benguela, Francisco Delfina, defendeu ontem(1/9), quarta-feira, na região cafeícola do Munguavolo, a necessidade de criação de uma estratégia para o relançamento da produção de café.

O responsável, que falava à Angop, mostrou-se preocupado com o facto de os cafeicultores estarem a optar pelo cultivo de milho, devido à falta de recursos financeiros, por isso sugeriu a criação de cadeias comunitárias e de localização dos produtores para distribuição de sementes e o fomento da produção do bago vermelho.

Lembrou que, até 1975, o município da Ganda era potencialmente rico na produção de café e tinha um celeiro denominado “Café Chikuma”, que actualmente está em níveis baixos de rendimento devido ao conflito armado que assolou o país.

“A descapitalização dos cafeicultores constitui um dos factores de estrangulamento do processo de desenvolvimento da produtividade, pelo que há necessidade de se criar mecanismos adequados para relançar a produção de café na região”, referiu.

Para Francisco Delfina, através de incentivos, os cafeicultores podem reactivar a produção de café.

Em seu entender, embora o café seja um produto que não enriquece rapidamente, constitui não apenas uma estratégia de combate à pobreza, como também a alternativa para se resolver os problemas de uma família, tendo em conta a sua durabilidade no armazenamento.

Chamando a atenção dos produtores para aumentarem a produção de café com o povoamento das fazendas, disse que a guerra obrigou a transformação dos maiores campos agrícolas de bago vermelho para produção de milho e de outros produtos de consumo imediato por parte da população.

Segundo o director da Estação Experimental de Café no município da Ganda, outro problema prende-se com o surgimento de pragas de gafanhotos e doenças endémicas que estão afectar as plantações nessa altura, tornando-se difícil combatê-las por falta de condições para aquisição de pesticidas no mercado local.

Nesse momento, frisou a fonte, a actividade da estacão, sedeada na região do Munguavola, a 65 quilómetros da sede municipal da Ganda, consiste na multiplicação e distribuição de sementes aos cafeicultores para a produção do café espécie arábica.

Entretanto, apontou a distribuição de sementes a potenciais candidatos à produção do bago vermelho como sendo uma das metas a serem alcançadas, dentro em breve, pela Estação Experimental de Café na Ganda.

A região cafeícola do Munguavolo foi um famoso celeiro no abastecimento da província com o “saboroso” Café Chikuma.

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