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Biogénesis Bagó inaugura fábrica na China em setembro com investimentos de US$ 60 milhões

O encontro ocorreu no dia 2 de junho, na cidade de Xi'an


O CEO do Grupo Insud, Hugo Sigman, do qual a Biogénesis Bagó faz parte, palestrou na China sobre as experiências bem sucedidas de transferência de biotecnologia argentina que contribuem para a sanidade animal e melhoramento de cultivos

Os modelos de transferência de biotecnologia argentina voltados para a saúde animal, o melhoramento de cultivos e produção agrícola de qualidade foram os temas que protagonizaram o Primeiro Fórum de Empreendedores do G20 Agrícola (AE20), onde Hugo Sigman, CEO do Grupo Insud, do qual o laboratório de saúde animal Biogénesis Bagó faz parte, esteve como palestrante e representou a delegação empresarial da América Latina. O evento reuniu na China as principais referências do setor agropecuário dos países membros do G-20.

Durante o evento, Sigman falou do início das atividades da empresa Jinhai Biotecnologia Co, que é o resultado de uma joint venture entre a Biogénesis Bagó e a farmacêutica Hile, da China. A planta, que é considerada o maior desenvolvimento tecnológico no mundo e será inaugurada em setembro, envolveu investimentos de US$ 60 milhões. Sigman compartilhou a experiência de investimento e transferência de tecnologia para a China, que levou quatro anos para ser concluída. “Interesses mútuos são a chave do sucesso”, disse o CEO Insud, que depois de seu discurso foi classificado como “voz forte” do Fórum de Empreendedores Agrícolas.

Ele acrescentou ainda que a partir de agora, a empresa “vai ajudar a melhorar a sanidade animal da China e de animais produtores de alimentos, tais como suínos, bovinos e pequenos ruminantes, para que o país produza mais e melhores alimentos”, com a abertura antecipada da planta Jinhai Biotecnologia Co, onde serão produzidas por ano 400 milhões de doses de vacinas contra a febre aftosa, com a tecnologia desenvolvida pela Biogénesis Bagó.

O encontro ocorreu no dia 2 de junho, na cidade de Xi'an, e contou com representantes de organizações internacionais como a FAO, a OCDE, Banco Mundial e os principais empresários do setor, preocupados em encontrar respostas produtivas mais eficientes para a erradicação da fome e da pobreza. O Fórum foi realizado no âmbito da reunião de ministros da Agricultura do G20, que contou com a presença do Ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento do Brasil, Blairo Maggi.

“Na inovação, a biotecnologia, a cooperação entre países e a coordenação da ação pública privada estão entre as respostas para os desafios apresentados pela crescente demanda por alimentos e a necessidade de acabar com a fome”, enfatizou Sigman durante a coletiva de imprensa no Fórum Empreendedores Agrícolas, realizada com a presença do vice-ministro da Agricultura da China, Qu's.

“As novas ideias se transformam em inovação quando conseguem se desenvolver e serem implementadas. O mundo necessita de uma implementação eficiente da inovação e, para que isso ocorra, é necessário melhorar a interface entre ciência, as empresas e governos. A interação pública - privada é fundamental”, comentou o CEO da Insud. Ele também destacou a necessidade de apoio e compromisso do governo para “levar adiante planos sustentáveis para que possam estimular o investimento sustentável. Quando são alcançadas todas estas condições, os empresários têm espaço para se desenvolver”.

Sigman disse estas palavras para transmitir suas próprias experiências, ao apresentar três casos que exemplificam como é possível aumentar a oferta de alimentos, com a parceria entre países e a transferência de tecnologias que melhorem a eficiência de produção vegetal e animal.

Durante sua palestra, ele falou sobre as parceiras que a Biogénesis Bagó e a Bioceres, duas empresas que o Grupo Insud detém participação, estão fazendo empresas chinesas em um acordo bilateral entre Argentina e China.

Primeiro, ele se referiu ao papel estratégico que Biogénesis Bagó cumpre na luta contra a febre aftosa na América Latina. “A prevenção e o controle da febre aftosa são reconhecidos como um bem público global. Perdas econômicas em regiões endêmicas estão estimadas entre US$ 6,5 e 21 bilhões por ano”, disse.

“Exemplos muito claros de empresas que desenvolvem tecnologia e cooperação”

Sigman também compartilhou no Fórum outro caso de cooperação entre a China e Argentina. Trata-se da vinculação da companhia argentina de biotecnologia agrícola Bioceres com a chinesa DBN C, especializada em genética vegetal. Esta joint venture permitiu uma troca de tecnologia com o objetivo de desenvolver e desregulamentar variedades de soja, que combinam a proteção das culturas e características agronômicas para os produtores da América Latina. O primeiro produto conseguido é uma soja que combina o gene resistente à seca e solos salinos (HB4®), fornecido pela Bioceres, com tecnologia desenvolvida pela empresa chinesa resistentes a herbicidas (glifosato e glufosinato -GGT).

O CEO da Insud observou que tanto Biogénesis Bagó como a Bioceres e os seus homólogos chineses “não são grandes multinacionais, no entanto, são exemplos claros de empresas que desenvolvem tecnologia por meio de cooperação”.

Outra empresa do Grupo Insud também foi referência na palestra. A Garruchos Agricultura promoveu parceria com produtores e governos de duas províncias chinesas interessadas em melhorar a genética bovina. Em 2015, a empresa argentina fez a primeira exportação de sêmen congelado da raça Angus, com o objetivo de transferir os seus ganhos genéticos para o gado asiático e para o aumento de produtividade de embriões.

“Temos a obrigação de encontrar soluções”

Sigman saudou a organização do Fórum e o encontro com empresários de outros países para facilitar o intercâmbio de ideias entre empresas em matéria de cooperação, inovação e investimento sustentável, favorecendo o aumento da produção para erradicar os problemas da fome no mundo.

“Sabemos que 800 milhões de pessoas em todo o mundo não têm comida suficiente para levar uma vida saudável e ativa. Sabemos que existem 1,5 milhões de crianças que morrem anualmente porque não têm comida. E que uma em cada quatro crianças não possui comida suficiente para se desenvolver e viver em boas condições. Eventos como este têm a obrigação de ser sensíveis a esta realidade e encontrar soluções que contribuam para aumentar a produção. Nós também precisamos assegurar que a transferência de tecnologia chegue ao conhecimento dos países em desenvolvimento, especialmente às mulheres que trabalham no campo, na agricultura familiar, considerando um estudo que diz que um quarto da população, hoje não tem acesso a alimentos. Eles poderiam tê-lo se forem dadas às mulheres trabalhadoras na agricultura familiar as tecnologias para que elas possam produzir mais”.

“Está claro que as nações que não atuam em parceria terão mais dificuldades para erradicar a pobreza e alcançar a segurança alimentar. Em maior ou menor grau, todos são necessários e devem continuar a estimular a inovação, a cooperação e o investimento para atingir esse objetivo”, comentou o CEO da Insud.

 

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