CI

Blairo Maggi diz que agricultura só ocupa 1,48% de área florestal


O governador do Mato Grosso, Blairo Maggi, reagiu contra denúncias de ONGs segundo as quais a agricultura estaria avançando sobre áreas de florestas no estado, desrespeitando leis ambientais. "Sabemos o que queremos, ninguém vai nos tutelar", disse o governador, durante discurso no lançamento do Projeto "Vida Rural Sustentável", no final de semana em Terra Nova do Norte (a 670 km de Cuiabá).

De acordo com a sua assessoria de imprensa, Maggi, que é grande produtor rural, estaria se referindo às críticas feitas principalmente por determinados setores que, segundo ele, "parecem estar preocupados com o crescimento econômico de Mato Grosso e de outros estados que compõem a Amazônia Legal." Para o governador, os que acusam os agricultores, responsáveis pela geração de riquezas que estão garantindo o superávit da balança comercial, Maggi sugeriu que "recorram ao Congresso e mudem a lei".

Legislação garante plantio

Ao falar a cerca de mil pessoas que compareceram ao clube Aert (Associação Recreativa de Terra Nova) para o lançamento do projeto do Sebrae destinado à agricultura familiar e que terá o apoio do governo estadual, Maggi disse que os criticam o avanço da agricultura o fazem sem saber o que a própria legislação garante. "Podem ser destinados à agricultura no Cerrado 65% da área e na Floresta Amazônica, 20%. Se eles (e dirigindo a determinadas ONGs) não admitem isso, que procurem o Congresso Nacional e mudem a lei", disse Maggi.

O governador foi bastante aplaudido quando disse que não tem medo de defender essa posição em qualquer lugar no mundo. No próximo mês, Maggi estará nos Estados Unidos, onde irá proferir uma palestra em Washington, capital norte-americana, tendo como platéia, além de empresários e autoridades, também ambientalistas. "Tenho sempre dito e a Amazônia tem 61% do território brasileiro e apenas 12,3% da área foram ocupados, sendo que a agricultura ocupa apenas 1,48% desse percentual", reafirmou.

"Dentro da lei, vamos garantir ao estado um crescimento sustentável, preservando o meio-ambiente, promovendo além do crescimento econômico, também qualidade de vida, justiça social, sempre preservando o meio-ambiente", afirmou Maggi. Depois de lembrar que várias categorias garantiram direitos nos governos passados, mas que nenhum foi cumprido, ele informou que mais de R$ 20 milhões de cartas de crédito em atraso foram pagas em seu governo. "Esse direito foi ganho na Justiça, mas não foi cumprido e é o que estamos fazendo. Este é um governo legalista, que faz cumprir a lei", disse Maggi.

Durante o lançamento do Projeto "Vida Rural Sustentável", o secretário de Desenvolvimento Rural, Homero Pereira, anunciou aos produtores de leite da região a liberação de R$ 300 mil para a compra de resfriadores de leite. "Assim, a renda poderá ser dobrada, já que o leite poderá tirado duas vezes por dia", disse Pereira. Até dezembro, o secretário informou que outros projetos serão viabilizados para a região, entre eles, investimentos num frigorífico de rã em Matupá. "São projetos que irão agregar valor à produção".

Assine a nossa newsletter e receba nossas notícias e informações direto no seu email

Usamos cookies para armazenar informações sobre como você usa o site para tornar sua experiência personalizada. Leia os nossos Termos de Uso e a Privacidade.