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Blitz apreende 162,9 toneladas de produtos lácteos por adição proibida de soro ao leite


Uma blitz do programa de combate à fraude do leite do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento detectou a adição proibida de soro de leite em 32 das 74 indústrias analisadas em 13 estados entre 3 de janeiro e 8 de abril deste ano. Quase 35% das 341 amostras testadas em laboratório acusaram resultado positivo. A adição é proibida por lei por reduzir o valor nutritivo do alimento e diluir os teores de proteína e gorduras. As empresas usam a adição do soro ao leite para baratear seus custos de produção.

A fiscalização do ministério apreendeu 3,18 toneladas de leite longa vida (UHT) e 1,9 tonelada de leite em pó integral fraudadas. Recolheu também 50,9 toneladas de leite em pó integral sem registro sanitário obrigatório em Sergipe, Amazonas e Pernambuco e 67,4 toneladas de leite em pó integral falsificados com a marca Itambé em Belém (PA), Recife (PE) e Natal (RN). As empresas poderão ser multadas em R$ 25 mil pela fraude. Em caso de reincidência, as empresas estão sujeitas a suspensão da produção, ao confisco dos produtos e a cassação do registro no Serviço de Inspeção Federal (SIF).

“Nosso objetivo, em acordo com a cadeia produtiva do leite, é moralizar a produção e garantir um padrão mínimo de qualidade”, explica o secretário de Defesa Agropecuária do ministério, Maçao Tadano. “É assustadora a quantidade de fraudes e os resultados mais graves têm sido encontrados no Nordeste, onde há a situação de maior risco alimentar”.

Diante disso, o ministério cancelou o registro no Serviço de Inspeção Federal (SIF) das indústrias Leite Forte Amazônia (Manaus), Tellus e Interlac do Brasil (Recife) e Laticínios Serra dos Ventos (Iati-PE). Outros laticínios sequer tinham registro no SIF, como o Xingó, de Canindé do São Francisco (SE). As empresas Milkly e Mont Service (Eusébio-CE), Ômega (Feira de Santana-BA), Tutti Pronti (Cabedelo-PB) e Lacstar (Marques de Souza-RS), sob inspeção estadual, podem responder a processo administrativo no Ministério Público Federal e nas secretarias estaduais.

Nas principais bacias produtoras de leite, a fiscalização do ministério flagrou 29 indústrias irregulares. Foram 16 em Minas Gerais (Leopoldina, Muriaé, Matozinhos, Manhuaçu, Contagem e Rio Casca), cinco em Goiás (São Luís dos Montes Belos, Hidrolândia, Corumbaíba e Goiânia) e oito em São Paulo (Votuporanga, Tupã, Catanduva, Patrocínio Paulista, Amparo, Itatiba, Aguaí, São Paulo e Valinhos).

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