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Boa safra nos EUA deve estabilizar preço de soja

Preços da soja devem se estabilizar nos próximos meses e até apresentar um viés de queda


De São Paulo - Os preços da soja devem se estabilizar nos próximos meses e até apresentar um viés de queda, de acordo com avaliação feita ontem na abertura do 8º Congresso Brasileiro de Agribusiness pelo presidente da Associação Brasileira de Agribusiness (Abag), Carlo Lovatelli. Uma das principais razões para essa leitura, disse ele, é o bom desempenho da safra dos EUA, que tem tido clima considerado ideal para o desenvolvimento das plantas, segundo técnicos e analistas.

"As opiniões são um pouco diferentes, e muitos acham que [o preço] vai cair. A produção de soja dos Estados Unidos me surpreendeu um pouco", afirmou Lovatelli, também presidente da Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove). "Há quem diga que a China tem reduzido seu ritmo de importação [de soja], mas a verdade é que a China já realizou boa parte de suas compras. Os chineses reduziram o ritmo porque já adiantaram muita coisa", acrescentou.

Na bolsa de Chicago, os contratos futuros de soja com vencimento em setembro deste ano fecharam ontem cotados a US$ 10,6750, com queda de 23 centavos de dólar.

Outro vetor que poderá corroborar a avaliação do dirigente é o esperado aumento da área de plantio da oleaginosa na safra 2009/10. Esse avanço, no entanto, não deverá ser tão significativo, afirma o presidente da Abag. "Tivemos um ano espetacular na soja. Vai haver algum aumento de plantio em área de milho, mas o maior crescimento deverá ocorrer em Mato Grosso, com avanço de 2,3% a 2,5% na área de plantio", disse. "Em nível nacional, essa alta não vai ser grande".

Segundo o levantamento mais recente feito pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), apresentado na semana passada, a área total de cultivo de soja no Brasil cresceu 2% na temporada 2008/09, para 21,7 milhões de hectares. Entre os Estados produtores de maior expressão, o aumento foi mais forte em Goiás. No Estado, a área de cultivo da oleaginosa cresceu 5,9%, para 2,3 milhões de toneladas, segundo a Conab. Em Mato Grosso, o plantio ocorreu em 5,8 milhões de hectares, o que representou crescimento de 2,7%. (PC)

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