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Boi, suíno e frango vivos têm desempenho oposto ao da curva de preços sazonal

Em termos sazonais boi, suíno e frango vêm apresentando comportamento oposto ao da curva tradicional


Foto: Pixabay

Em termos sazonais – isto é, considerados os períodos de safra e entressafra da carne – boi, suíno e frango vêm apresentando comportamento oposto ao da curva tradicional. Pois, ao contrário da queda que seria natural desde janeiro até maio, os preços combinados dos três animais vêm em evolução desde o princípio de 2022.

Não que o preço dos três tenha aumentado continuamente mês a mês. O do frango vivo, por exemplo, retrocedeu de janeiro para fevereiro; e o do boi em pé, de março para abril. Mas, na média, a queda de um produto foi neutralizada pelo aumento do outro e, assim, o trio vai encerrando a primeira quinzena de maio com preços cerca de 10% superiores não só à média de 2021, mas também à média dos 22 anos transcorridos entre 2000 e 2021, base de curva sazonal apresentada abaixo.

O inusitado do atual desempenho é que boi, suíno e frango vivos chegam até aqui com valorização em relação à média alcançada no ano passado – ocorrência raríssima na curva sazonal . E a maior contribuição, neste caso, vem do frango vivo, cujo preço médio neste mês se encontra quase 23% acima da média de 2021. Na sequência vem o boi em pé, com valorização próxima de 7%

Já o suíno vivo registra valorização de apenas 0,61% em relação à média alcançada no ano passado. Mesmo isso, porém, representa evolução, pois, pela curva tradicional, o suíno estaria chegando a maio corrente com um valor cerca de 4% abaixo da média do ano anterior.

De toda forma, é impossível ignorar que o início do ano foi péssimo em termos de preço, pois os valores médios registrados no bimestre janeiro/fevereiro ficaram entre 4% e 6% abaixo da média de 2021. Ou em torno de 10% aquém da média apontada pela curva sazonal. Por isso, o balanço final do período ainda é desfavorável aos três segmentos, que fecham os quatro e meio primeiros meses do ano valendo apenas 2,2% a mais que a média do ano anterior. Pela curva tradicional deveriam valer pelo menos um ponto percentual a mais, ou seja, 3,2%.

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