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Boletim sobre conservação do solo na cultura de cana-de-açúcar é lançado para fomentar a cultura canavieira

A publicação reúne temas como legislação, atributos dos solos,entre outros 


A publicação reúne temas como legislação, atributos dos solos,entre outros 

Com o objetivo de melhorar os sistemas de cultura canavieira, com ganhos de rentabilidade aos produtores rurais e menor impacto ambiental, a Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo lançou o Boletim Técnico “Recomendações de Práticas Conservacionistas para a Cultura da Cana-de-Açúcar”, para incentivar projetos de pesquisa de novas tecnologias de manejo e conservação de solo.

A publicação online, lançada no dia 14 de abril de 2016 (disponível neste link), é resultado de um trabalho conjunto entre as equipes do Instituto Agronômico (IAC), da Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios (Apta), da Coordenadoria de Assistência Técnica Integral (Cati) e da Coordenadoria de Defesa Agropecuária (CDA), com o meio acadêmico, e entidades e empresas do setor canavieiro.

A publicação reúne temas como legislação, atributos dos solos, clima, sistemas de produção, classificação técnica, planejamento de ocupação e de conservação do solo, parâmetros para cálculos de engenharia e outras informações de importância para o setor sucroenergético. Há ainda recomendações para o planejamento da conservação do solo e o dimensionamento de práticas conservacionistas para o cultivo da cana-de-açúcar.

O conteúdo foi elaborado com a participação do setor produtivo que, por meio de consulta pública realizada pela internet pôde enviar sugestões sobre o tema. A expectativa é atualizar a publicação a cada três anos, criando maior proximidade com as práticas do segmento.

O secretário de Agricultura e Abastecimento, Arnaldo Jardim, ressaltou que o boletim contribuirá para elevar a competitividade e sustentabilidade da atividade sucroenergética do Estado de São Paulo, reduzir riscos da degradação do solo e promover conservação dos recursos naturais, harmonizando geração de renda e empregos com a preservação ambiental. “Neste Boletim, transferimos parte dessas informações e atendemos à orientação do governador Geraldo Alckmin de levar conhecimento aos setores de produção”, disse.

Para o responsável pela Assessoria Técnica da Secretaria, José Luiz Fontes, “a Pasta contribui para elevar a competitividade e sustentabilidade neste setor, que ocupa 30% da área cultivável do Estado de São Paulo, reduzir custo da degradação do solo e harmonizar geração de renda e empregos com a preservação de recursos naturais”, afirmou.

Grupo de Trabalho

Além do Boletim, a Secretaria criou, por meio da Portaria Apta n°164, um Grupo de Trabalho para receber e avaliar projetos para a conservação do solo nos sistemas de produção da cana-de-açúcar.  De acordo com a Resolução SAA nº 19, os projetos deverão ser encaminhados à Apta por engenheiros agrônomos com conhecimento em tecnologia de manejo e conservação do solo agrícola, na cultura de cana-de-açúcar, e deverão ter a colaboração de professores universitários ou pesquisadores com especialização em manejo e conservação do solo agrícola.

Os materiais serão analisados em até 45 dias, podendo ser, ou não, acatados pelo grupo e incorporados como recomendações da Secretaria nas próximas edições do Boletim.

A pesquisadora da Secretaria que atua no IAC, Isabella Clerici De Maria, uma das integrantes do grupo de trabalho, afirmou que o setor canavieiro está comprometido com as questões ambientais e já assinou um protocolo ambiental com o governo do Estado de São Paulo. “O Boletim sobre as práticas conservacionistas na cultura da cana será de grande importância, com as mudanças significativas nos sistemas de manejo adotados e a ampliação da área de cultivo”, afirmou Isabella.

De acordo com o coordenador da Apta, Orlando Melo de Castro, as atuais mudanças no processo produtivo no setor canavieiro demandam o estudo de novos projetos para promover a manutenção e a recuperação do solo. “Hoje em dia, devido à mecanização da colheita, o ambiente de produção é diferente de quando o processo era manual, por isso, novos procedimentos devem ser considerados para adquirir o conhecimento técnico e científico de conservação do solo”, disse.

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