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Brasil acusado de dumping no camarão


Um grupo de pescadores de oito estados norte-americanos localizados no Golfo do México e no Atlântico Sul está se preparando para entrar com uma ação antidumping contra 15 países exportadores de camarão cultivado, entre os quais está o Brasil.

Com a grande oferta mundial do crustáceo, os preços caíram de 15% a 20% nos últimos dois anos. Este fator, combinado aos custos de pesca cada vez mais altos, contribui para a irritação dos pescadores norte-americanos.

Entre as dificuldades que os pescadores de lá enfrentam estão os constantes furacões no Golfo do México - que diminuem a vida dos camarões - e a obrigatoriedade do uso de redes de pesca com tramas largas para evitar a retenção de tartarugas marinhas, que estão em extinção, o que diminui o rendimento da pesca.

Como os EUA conseguem atender apenas 12% da demanda interna e o consumo tem crescido exponencialmente, as importações de camarão - que representam 27% do valor total dos produtos pesqueiros disponíveis no mercado norte-americano - foram alavancadas. Em 2001, as importações pelos EUA de camarão totalizaram US$ 3,6 bilhões e o consumo do crustáceo superou pela primeira vez o do atum, o peixe mais consumido até então.

"Não existe evidência de que o dumping ou qualquer outra forma irregular ou desleal de comércio esteja ocorrendo", diz Josemar Rodrigues, consultor da Associação Brasileira de Criadores de Camarão (ABCC). "Uma ação antidumping é assunto entre o setor privado de um país e o setor privado de outro", afirma o executivo.

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