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Brasil defende sua política agrícola nos EUA


O embaixador brasileiro nos EUA, Rubens Barbosa, enviou ontem carta ao senador norte-americano Charles Grassley, tentando retificar a concepção que ele tem da política agrícola do país. "Sinto-me obrigado a vir publicamente corrigir a visão distorcida das políticas agrícolas do Brasil que constam de seus comunicados emitidos em 11 e 12 de setembro, nos quais dá a entender que o Brasil precisa eliminar o apoio doméstico à agricultura. A afirmação não se apóia nos fatos", afirma.

O embaixador brasileiro lembrou que, de acordo com os últimos dados da Organização Mundial do Comércio (1998), os subsídios concedidos pelo Brasil aos produtores foram estimados em 3,2 bilhões de dólares, contra os 64,9 bilhões concedidos pelos EUA. Além disso, esses números "não refletem o aumento da ajuda de emergência a perdas de mercados votada pelo Congresso americano entre 1998 e 2001, e incorporada pela lei agrícola (Farm Bill)", destacou. Conforme Barbosa, o Brasil pode ser visto aqui como um risco, mas "é injusto e simplesmente equivocado sugerir que somos competitivos por algum programa de subsídios oculto e que, na realidade, simplesmente não existe", concluiu.

Presidente do comitê de Finanças do Senado, Grassley, participou da reunião ministerial da OMC em Cancún, mostrando-se indignado com a posição do Grupo dos 22 países (G-22) em desenvolvimento, liderado pelo Brasil, que pede a eliminação total dos subsídios domésticos à exportação. O encontro no México foi marcado por acusações entre Brasil e EUA. O governo Lula pediu ainda aos representantes americanos que parassem de "forçar os países" a abandonarem o G-22.

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