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Brasil deve mudar sistema de distribuição, diz especialista

"O Brasil possui quatro regiões agrícolas com vários acessos de distribuição"


O especialista Renato Seraphin afirmou que o sistema de distribuição do Brasil está passando por mudanças, mas ainda carece de mais inovação, com “um olho no futuro”. Ele é engenheiro agrônomo, pós-graduado em Marketing pela e possui diversos graus de especialização em agronegócios, inclusive na Universidade de Purdue, nos Estados Unidos. 

“Hoje, o Brasil é um dos maiores mercados de insumos agrícolas e um dos três principais produtores das principais culturas, que são soja, milho, cana-de-açúcar, algodão e café. Devido ao solo e clima do país, ela pode cultivar cinco tipos diferentes de culturas em três anos, bem como hospedar a pecuária e a integração da pecuária em algumas áreas. O Brasil possui quatro regiões agrícolas com vários acessos de distribuição. Cerca de 44% das vendas de insumos agrícolas no Brasil vêm de distribuidores, 28% de cooperativas, 27% de vendas diretas e pools, e 1% por meio de negociação”, afirma. 

Algumas das mudanças que estão ocorrendo são as pressões ambientais reduzindo o número de produtores químicos, afetando diretamente o custo, empresas agroquímicas e de sementes estão se fundindo, bem como empresas de fertilizantes, reduzindo o número de provedores. Além disso, as Ag-techs iniciaram uma revolução tecnológica em fazendas e fez com que associações industriais migrassem de fluxos técnicos e gerenciais para o comércio eletrônico, as instalações de logística no Brasil afetaram toda a cadeia, impactando a competitividade. 


“Todas essas mudanças afetaram todo o sistema de distribuição, causando margens mais baixas, dificuldade de acesso ao capital, aumento da demanda por especialistas. Além disso existe também a necessidade de verticalização para competir com cooperativas brasileiras com benefícios fiscais, mais regulamentações e burocracia, tornando mais caro o custo de manutenção de pontos comerciais e uma nova concorrência da China, grupos de compradores, grupos internacionais e fundos de private equity que exigem mudanças na mentalidade atual”, conclui. 

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