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Brasil fatura com queda de soja dos EUA na China

 A China cancelou a compra de 200 mil toneladas da oleaginosa durante o último mês



A queda de 20% nas vendas de soja dos Estados Unidos para a China pode acabar beneficiando o Brasil, que se tornou o mais exportador da oleaginosa para os chineses. Em 2016 as exportações brasileiras de soja para o mercado chinês eram de 39 milhões de toneladas, apenas um ano depois elas cresceram drasticamente e chegaram a 54 milhões de toneladas em 2017. 

Informações divulgadas Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) na quinta-feira (03.04) indicam que a China cancelou a compra de 200 mil toneladas da oleaginosa durante o último mês. No entanto, a redução da compra de soja do mercado americano não significa que a demanda da China diminuiu, pelo contrário, o país deve importar cerca de 97 milhões toneladas nesta safra, 3 milhões a mais do que no ano anterior, e ela deve continuar sendo focada em países da América Latina. 

De acordo com Daniele Siqueira, da AgRural, mesmo com a existência de uma guerra comercial anunciada entre os dois países influenciando diversas negociações, a queda na compra da soja começou antes mesmo da indisposição. Desde o início da safra dos EUA, em setembro do ano passado, os chineses adquiram um total de 28,7 milhões de toneladas de soja dos norte-americanos, um número bem menor do que o observado no mesmo período da safra anterior, quando somava 35 milhões de toneladas. 

Por outro lado, os EUA também estão diminuindo sua participação no mercado de transações de comércio internacional neste ano. O Departamento de Comércio do país divulgou dados que apontam que as exportações de commodities somaram US$ 35,5 bilhões no primeiro trimestre, valor abaixo dos US$ 36,1 bilhões arrecadados no mesmo período de 2017.

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