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Brasil lidera ranking de recolhimento de embalagens vazias


O Brasil é lider no ranking mundial de recolhimento e destinação final de embalagens vazias de agrotóxicos. Este ano, o Instituto Nacional de Processamento de Embalagens Vazias (Inpev) deve retirar do meio ambiente 11,7 mil toneladas de embalagens. Somente nos dois primeiros meses de 2004, foram recolhidas 2,2 mil toneladas, contra 850 toneladas em igual período do ano passado. Bahia, Paraná, São Paulo, Mato Grosso, Maranhão e Rio Grande do Sul são os estados com melhores índices de recolhimento. O Paraná, por exemplo, saltou de 118 toneladas recolhidas entre janeiro e fevereiro de 2003 para 500 toneladas nos dois primeiros meses de 2004.

Durante balanço apresentado no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, o Inpev informou que a média de retirada de embalagens vazias de agrotóxicos do meio ambiente no Brasil é de 50% do total comercializado, enquanto nos Estados Unidos, por exemplo, esse percentual é de cerca de 25%. De acordo com o instituto, o Brasil hoje tem mais de 80 mil metros quadrados de área construída com centrais e postos de recebimento e outros 700 mil metros quadrados de terrenos dedicados ao recebimento das embalagens.

Quando o projeto começou, em março de 2002, o instituto contabilizava 33 centrais e um posto de recebimento no país. Em 2003, o ano fechou com 230 unidades - 100 centrais e 130 postos de recebimento. A previsão para 2004 e de chegar a 400 unidades, gerando cerca de 3 mil empregos diretos. Após serem recolhidas, as embalagens são levadas às centrais de compactação para reduzir custos com transportes. Em seguida são encaminhadas para indústrias de reciclagem, co-processamento ou incineração.

Além de ampliar o número de centrais de recebimento, o Inpev também quer fortalecer as campanhas educativas voltadas aos produtores rurais, disseminando informações sobre a importância de recolher as embalagens sob o ponto de vista ambiental. A previsão de investimento da indústria na multiplicação do volume recolhido nos próximos cinco anos é de R$ 150 milhões.

O trabalho do Inpev é desenvolvido por meio de parcerias com empresas, organismos associados, além de secretarias estaduais do meio ambiente, órgãos públicos e entidades representativas dos elos da cadeia produtiva do setor, entre as quais a Associação Brasileira de Agribusiness (Abag), Associação das Empresas Nacionais de Defensivos Agrícolas (Aenda), Associação Nacional dos Distribuidores de Defensivos Agrícolas e Veterinários (Andav), Confederação de Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB).

O ministro da Agricultura, Roberto Rodrigues, foi um dos pioneiros desta iniciativa. Em 1992, quando era secretário de Agricultura de São Paulo, apoiou um projeto piloto de recolhimento de embalagens vazias de agrotóxicos em Guariba, que atualmente abriga uma das maiores centrais de recebimento do País. O Brasil é o único País do mundo que possui uma legislação específica sobre recolhimento e destinação final de embalagens de agrotóxicos. A Lei 9.974, junho de 2000, regulamenta o tema.

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