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Brasil lidera sequenciamento do genoma do eucalipto

O projeto dos cientistas do Genolyptus concorreu com 120 outros projetos


A “usina” de sequenciamento de DNA, Joint Genome Institute (JGI), do Departamento de Energia dos Estados Unidos (DOE) acaba de aprovar a proposta da rede internacional Eucagen (Eucalyptus Genome Network), liderada por três países, entre eles o Brasil, para o sequenciamento completo do genoma do eucalipto.

“Um dos grandes desafios para a geração sustentável de bioenergia no futuro é a compreensão das bases moleculares do crescimento e adaptabilidade de plantas perenes úteis para a produção de energia” diz Dario Grattapaglia, pesquisador da Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia, coordenador do Genolyptus e um dos três idealizadores e líderes da proposta aprovada pelo DOE, junto com o pesquisador da Universidade de Pretória, África do Sul, Zander Myburg, e Jerry Tuskan, dos EUA.

O projeto idealizado e proposto com decisiva participação dos cientistas do Genolyptus – Rede Brasileira de Pesquisa do Genoma do Eucalyptus – concorreu com 120 outros projetos de diversos países que atenderam à chamada competitiva anual do Joint Genome Institute, ligado ao DOE, para seqüenciar genomas inteiros de organismos relevantes à produção de bioenergia.

O projeto Genolyptus, financiado em parceria entre o Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT) e o setor privado, consolidou nos seus cinco anos de existência uma posição de liderança em nível mundial. Reunindo em um espírito pré-competitivo ainda raro no país, sete universidades, a Embrapa e 14 empresas brasileiras, o projeto alcançou importantes avanços na pesquisa genômica do eucalipto aplicada ao melhoramento genético.

“A nossa participação na idealização e submissão do projeto ao DOE foi sem dúvida essencial. Vamos contribuir com informações e recursos experimentais de mapeamento genético e físico desenvolvidos no Genolyptus que vão permitir uma análise detalhada do genoma” diz Grattapaglia.

A árvore de Eucalyptus grandis cujo genoma será sequenciado também será fornecida pelo Brasil. Essa árvore, desenvolvida pelo melhoramento genético na empresa Suzano e batizada BRASUZ1, possui características únicas na sua constituição genética que vão facilitar muito o trabalho de montagem do genoma além de se tratar de uma árvore resistente a doenças. “Os avaliadores do projeto gostaram muito desta idéia,” afirma Grattapaglia.

O cronograma previsto é que em 12 meses já será disponibilizada uma primeira versão da “montagem” do genoma para os participantes da rede Eucagem. “Com toda a massa crítica e trabalho experimental de campo desenvolvidos no Brasil nós estamos em uma posição privilegiada para aproveitar de forma prática as informações que surgirem do conhecimento do genoma completo”, prevê o pesquisador da Embrapa Recursos Genética e Biotecnologia. As informações são da assessoria de imprensa da Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia.

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