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Brasil não tem onde armazenar safra recorde de grãos

80 milhões de toneladas dos insumos agrícolas não possuem local para serem estocadas


Segundo estimativa de maio da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), a safra brasileira de grãos de 2018 superará, novamente, suas projeções iniciais. Até o momento, o resultado deve ser o segundo maior da história, com previsão de mais de 232 milhões de toneladas, ganho de 1,3% em relação ao relatório do mês anterior. Além disso, a estimativa para a área plantada, que antes era de 61,5 milhões de hectares, cresceu 1,1% em relação ao ano passado. Ainda de acordo com as perspectivas, os maiores volumes serão de soja e de milho, seguidos pelo feijão, que correspondem a mais de 200 milhões de toneladas.

No entanto, ao mesmo tempo em que os produtores comemoram a colheita, também se preocupam com a armazenagem adequada dos grãos produzidos. O principal gargalo da cadeia produtiva nacional de grãos ainda está no setor de armazenagem: no país, o déficit de armazenagem já bate a casa de 80 milhões de toneladas, o que aponta que o Brasil não tem onde guardar mais de um terço de sua produção agrícola. Hoje, essa defasagem representa para o país a perda de mais de 2 bilhões de reais por ano no mercado de grãos.

Neste contexto, um levantamento feito pela Kepler Weber, líder em projetos completos para armazenagem e beneficiamento de grãos, mostra que a região Sul é a segunda no ranking da defasagem: mais de 20 milhões de toneladas de déficit de armazenagem.

Ainda de acordo com o levantamento, alguns fatores colaboram para esse cenário brasileiro:

A baixa capacidade de armazenagem nas propriedades rurais força o produtor a comercializar e escoar suas safras na época de preços mais baixos e de fretes mais caros;

No Brasil, as fazendas possuem apenas 16% da capacidade de armazenagem, o que sobrecarrega o transporte e a armazenagem intermediária em épocas de colheita, além de elevar a demanda de estocagem nos portos.

O resultado disso é que na época das colheitas dos grãos, os preços pagos aos produtores sofrem um achatamento acentuado, decorrente da alta dos valores dos fretes, das filas de caminhões nas rodovias e da demora prolongada para embarques nos portos.

Além disso, armazenar a safra em terceiros tem custos, que variam entre 9% e 12% do valor do total estocado.

“Nosso país é uma das maiores potências agrícolas do mundo e nossos grãos estão nas mesas de diversos países. Não podemos desperdiçar o trabalho do produtor, mas não há dúvidas: o problema do Brasil em relação às perdas de grãos ainda é recorrente porque os investimentos em logística no setor não são realizados de forma correta. E investir em logística significa abranger toda a cadeia produtiva em diferentes situações: varejo, atacado, armazenagem e atividades portuárias e ferroviárias”, afirma Anastácio Fernandes Filho, diretor presidente da Kepler Weber.

Contrário a esse cenário, os mecanismos de armazenagem inteligente da Kepler permitem que a produção seja estocada de forma adequada. Assim, a decisão do momento da venda da produção fica totalmente na mão do produtor, pois todos os grãos são armazenados adequadamente de forma a manter sua alta qualidade por mais tempo. O agricultor pode negociar, no momento mais propício, grãos com qualidade superior que resultam em mais lucro.

Com a armazenagem inteligente Kepler Weber também é possível controlar minuciosamente a rota de fluxo de grãos em todas as etapas, por meio de um sistema de supervisão central, que substitui a mão-de-obra manual no processo. Desta forma, o produtor tem não apenas uma ferramenta automatizada, mas uma cadeia integrada de armazenagem, com sistemas individuais e autossuficientes que acompanham as necessidades específicas de cada grão.

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