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Brasil poderá exportar 40 milhões de toneladas de grãos


Dos 120 milhões de toneladas de grãos previstos para a safra recorde de 2003, 40 milhões de toneladas deverão ser destinadas à exportação. A estimativa é do assessor internacional da Confederação Brasileira de Agricultura e Pecuária (CNA), Ricardo Cotta, que prevê que a participação do setor de agronegócios nas exportações brasileiras neste ano, estimadas em US$ 68 bilhões, deverá ser de 43%, ante a participação de 41%, em 2002.

Em valor, as exportações brasileiras do setor de agronegócios devem aumentar de US$ 25 bilhões, no ano passado, quando o total das vendas externas do país foi de US$ 60 bilhões, para cerca de US$ 30 bilhões, em 2003, segundo a estimativa de Cotta.

A soja é o principal produto agrícola da cesta de exportações e o maior responsável pelo aumento da safra de grãos. A produção deverá atingir 52 milhões de toneladas, um crescimento de 22% sobre a safra de 42% milhões de toneladas em 2002. O assessor da CNA explica que 60% (30 milhões de toneladas) da produção total de soja deverão ser destinadas às exportações. As vendas externas do complexo soja (que inclui óleo de soja, farelo e o grão) deverão render, segundo Cotta, US$ 8 bilhões neste ano, dos quais 50% são relativos à soja em grão.

O principal motivo para o aumento da safra de soja, segundo Cotta, foi a boa perspectiva de remuneração na época do plantio, por causa da desvalorização do real. Segundo ele, o variação cambial compensou a queda dos preços internacionais no fim do ano passado. Além disso, ele lembra que a soja, principalmente em grão, ao contrário de outros produtos agrícolas, não enfrenta barreiras comerciais dos países importadores. Portanto, a soja brasileira se tornou tão competitiva.

Cotta acrescenta que atualmente os preços da soja no mercado internacional vêm se recuperando e que, mesmo com o câmbio a R$ 2,90, a remuneração tem sido boa para os produtores. O assessor da CNA diz ainda que, se o Governo brasileiro permitisse o plantio da soja transgênica no país, o produto brasileiro poderia se tornar ainda mais competitivo.

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