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Brasil pretende colher quase 40% mais milho

Área destinada ao cereal deve crescer quase 5% e alcançar 20.8 milhões de hectares


Foto: Eliza Maliszewski

No 1º levantamento de safra da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) a expectativa para a safra 2021/22 de milho é de elevação em área, produtividade e produção. Devem ser destinados ao cultivo do grão 20.8 milhões de hectares, avanço de 4,7%. A produtividade esperada é de 5.575 kg/ha, alta de 27,7% e a produção deve somar 116.3 milhões de toneladas, uma elevação de 33,7% em relação ao ciclo passado.

A semeadura do milho de primeira safra indica que deverá ser marcada pela continuidade dos efeitos do fenômeno La Niña, caracterizada pelo atraso e inconstância das condições climáticas, devendo apresentar certa similaridade com o que ocorreu no início do plantio da safra anterior.

Em relação aos dados de demanda doméstica, a Conab projeta 73,7 milhões de toneladas a serem consumidas no ano safra 2020/21, um aumento de 3,3% comparado a 2019/20, a projeção é sustentada no bom desempenho da Indústria de proteína animal em 2021. Nesse sentido a Conab espera que em 2022 aquele setor mantenha o crescimento, de modo que se espera 73,7 milhões de toneladas a serem demandadas internamente ao longo da safra 2021/22.

Além disso, a companhia ajusta sua projeção de importação de milho em 2,3 milhões de tonelada da safra 2020/21 e projeta um volume de 900 mil toneladas na safra 2021/22. A redução de 61% para a próxima safra ocorre diante da expectativa de aumento da disponibilidade do cereal no mercado nacional em 2022. Para as exportações, a Conab mantém inalterado o número de 22 milhões de toneladas de milho da safra 2020/21 a serem exportadas. Para a safra 2021/22 a Conab estima que 39 milhões de toneladas serão exportadas.

Diante dos ajustes citados, o estoque esperado ao fim do ano safra 2020/21 é de 6,9 milhões de toneladas, redução de 34,3% em comparação à safra anterior. Este arranjo é explicado, principalmente, pela redução da produção total de milho causada pela menor disponibilidade hídrica durante o desenvolvimento das lavouras de segunda safra. Por outro lado, para a safra 2021/22 é esperado que o estoque final deverá ser de 11,5 milhões de toneladas, dado que indica a continuidade do processo de recuperação da disponibilidade interna do cereal destinada a atender a demanda no período da entressafra brasileira.

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