Brasil suspende importações de tilápia do Vietnã
Medida visa revisar protocolo sanitário diante dos riscos associados à introdução do vírus TiLV
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O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) anunciou nesta quarta-feira (14) a suspensão imediata das importações de tilápia provenientes do Vietnã. A decisão foi tomada visando revisar o protocolo sanitário em vigor devido aos potenciais riscos associados à introdução do vírus TiLV, conforme despacho decisório publicado no Diário Oficial da União.
O despacho determina que a Secretaria de Defesa Agropecuária (SDA) adote as medidas necessárias para conduzir a revisão do protocolo sanitário em questão, sinalizando um compromisso com a segurança alimentar e a saúde dos consumidores brasileiros. A medida foi deliberada após reuniões entre o Ministério da Pesca e Aquicultura (MPA), a Câmara Setorial da Produção e Indústria de Pescados, e representantes dos tilapicultores, buscando compreender a realidade do setor e os potenciais impactos das importações.
O ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, enfatizou a importância da prudência e da qualidade na produção nacional de alimentos. "É ter prudência, garantir qualidade e sanidade à produção brasileira", afirmou o ministro. "O Brasil é esse grande produtor e exportador de alimentos porque tem na sua defesa agropecuária a régua no limite máximo, garantindo a qualidade dos nossos produtos. Nós não podemos e nunca iremos precarizar com esse assunto. Isso é muito importante", completou.
A suspensão das importações permanecerá em vigor até a conclusão da revisão do protocolo sanitário, demonstrando o comprometimento das autoridades em assegurar a integridade do sistema alimentar nacional e a proteção da saúde pública.
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A doença do vírus da tilápia do lago (TiLVD) é uma doença viral emergente associada a altas taxas de mortalidade em tilápias cultivadas e selvagens. Até agora, o agente etiológico da doença, foi oficialmente relatado em três continentes abrangendo doze países: Israel, Equador, Colômbia, Egito, Tailândia, Malásia, Índia, Tanzânia, Uganda , Taiwan, Filipinas e Peru.
O TiLV é difícil de controlar devido à alta vulnerabilidade das tilápias jovens à doença, e devido ao fato de que vacinas ou medicamentos antivirais não estão disponíveis. Soma-se a essa situação a falta de conhecimento sobre a patogenicidade do TiLV. Portanto, minimizar o risco do TiLV dependerá de conhecer melhor as medidas de biossegurança, para as quais a implementação de ferramentas efetivas de diagnóstico será crucial.
