Bunge: Em 103 anos, empresa teve grandes transformações
No Brasil controla a Bunge Alimentos, a Bunge Fertilizantes e a Fertimport e mantém a Fundação Bunge
Mas, a empresa entrou no Brasil em 1905, com a participação minoritária do capital da S.A. Moinho Santista Indústrias Gerais, empresa de compra e moagem de trigo de Santos (SP). Foi o início de uma rápida expansão no País, adquirindo diversas empresas nos ramos de alimentação, agribusiness, químico e têxtil, entre outros. A Santista Têxtil foi uma das empresas da Bunge que, naquele momento, precisava produzir sacos de tecido para embalar o trigo. Mas o negócio começou a ganhar corpo e a empresa começou a investir em outros produtos têxteis, tais como artigos para cama, mesa e banho. Foi sob a administração da Bunge que foram criados os lençóis de casal, produto que antes era "confeccionado" pelas donas de casa costurando-se dois lençóis de solteiro. A Bunge foi também a detentora das Tintas Coral, além da Alpargatas São Paulo e outras companhias.
Adubos e alimentos
A atuação da Bunge no ramo de adubos começou em 1938 quando surge a primeira empresa neste segmento: a Serrana, cuja mina de apatita (minério de fósforo) fica na região da Serra do Mar, no distrito de Cajati (SP). Na década de 60, a Bunge desenvolveu uma técnica de separação de fosfato do calcário que é considerada pelo mercado como um divisor de águas na produção de fertilizantes.
Na década de 90, a empresa definiu seu foco e começou a vender todas as suas empresas que não fossem do ramo de fertilizantes e alimentos e adquirir outras com esse foco.
Em 1997, adquiriu a Ceval Alimentos, líder no processamento de soja e produção de farelo e óleos e também a IAP, tradicional empresa de fertilizantes do País. No ano seguinte, compra a Fertilizantes Ouro Verde.
A Bunge Fertilizantes, com essa denominação, foi criada em 2000 a partir da incorporação da Serrana, Manah, IAP e Ouro Verde e, em setembro, a Bunge Alimentos, união da Ceva e da Santista.
Em 2001, Bunge adquire a La Plata Cereal, uma das maiores empresas de agribusiness da Argentina, quando torna-se a maior processadora de soja do país vizinho.
Atualmente, a Bunge tem unidades industriais, silos e armazéns nas Américas do Norte e do Sul, Europa, Ásia, Austrália e Índia, além de escritórios da BGA (Bunge Global Agribusiness) atuando em vários países europeus, americanos, asiáticos e do Oriente Médio. No Brasil controla a Bunge Alimentos, a Bunge Fertilizantes e a Fertimport e mantém a Fundação Bunge.