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Bush pode pedir uso muito maior de etanol

As refinarias terão que usar 28,5 bi/litros de combustíveis renováveis ao ano até 2012


Em seu discurso anual do estado da União ao Congresso na semana que vem, o presidente dos EUA, George W. Bush, deve pedir uma maciça elevação no volume de etanol que as refinarias do país devem começar a misturar com a gasolina nos próximos anos, disseram ontem (17-01) fontes familiarizadas com os planos da Casa Branca. Legislação sobre o setor de energia assinada no ano passado requer que as refinarias do país usem ao menos 28,5 bilhões de litros de combustíveis renováveis ao ano até 2012.

Uma fonte informada por funcionários da Casa Branca disse que o discurso de Bush na terça-feira pedirá um uso ainda maior do etanol até um volume de mais de 228 bilhões de litros ao ano em 2030. "O presidente assumiu papel de liderança quanto à questão dos combustíveis renováveis, e mencionou o assunto numerosas vezes no passado", disse Scott Stanzel, porta-voz da Casa Branca. "Mas no momento não pretendo comentar o que pode estar no discurso".

Um funcionário do governo Bush disse que a meta dos 228 bilhões de litros ao ano é "concebível e pode ser atingida", presumindo que, a partir de 2012, a produção de etanol com base em celulose, de fontes como lascas de madeira e detritos agrícolas, consiga competir em termos de custo com as alternativas baseadas em milho. A crescente preocupação tanto do governo Bush quanto do Congresso com a questão da segurança energética estimulou os esforços de uso de fontes de combustível nacionais como o etanol, a fim de moderar as necessidades de importação de países instáveis ou hostis do Oriente Médio e da Venezuela.

Al Hubbard, diretor do Conselho Econômico Nacional, disse recentemente que o discurso de Bush causaria "manchetes surpreendentes em termos do nosso compromisso com a independência energética". O foco em fontes renováveis de energia manteria uma tendência a que Bush deu início em seu discurso ao Congresso no ano passado, quando conclamou os EUA a reduzirem suas importações de petróleo do Oriente Médio em 75%, até 2025, por meio do uso de fontes como o etanol e o biodiesel.

Membros do governo se preocupam com a possibilidade de que os agricultores dos EUA não sejam capazes de cultivar milho suficiente para cumprir as metas mais elevadas de uso de combustível. O crescimento explosivo no setor de etanol combustível já levou os preços do milho à sua marca mais alta em uma década, e não há sinal de que uma queda se aproxime.

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