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Cadeia de valorização do Umbu é tema de seminário online da Embrapa

O umbuzeiro é uma das espécies frutíferas nativas mais importantes do Semiárido nordestino


Foto: Marcel Oliveira

A Temporada de Primavera da Pecuária Gaúcha, tradicional período de vendas de reprodutores, deverá ser aquecida mesmo no momento de pandemia. Diversos criatórios estão se organizando para a comercialização de forma virtual devido à pandemia causada pelo novo Coronavírus. Mesmo assim, segundo o leiloeiro e diretor da Trajano Silva Remates, Marcelo Silva, o ânimo dos produtores não deve arrefecer.

Silva afirma que está muito otimista com as vendas na temporada, inclusive projetando alta nas médias em relação ao ano passado. "Achamos que as médias dos touros será no mínimo 10% mais do que o ano passado e as vacas devem seguir o mesmo caminho. Achamos que teremos muita liquidez, que os leilões serão muito ágeis apesar de serem virtuais, em função da valorização da carne, da valorização da reposição e das perspectivas a curto e médio prazo que parecem ser muito boas", observa.

Para o diretor da Trajano Silva Remates, o mundo virtual das vendas de animais já é uma realidade na qual todo o setor teve que se acostumar por causa da pandemia e que todos, desde organizadores até os compradores, estão trabalhando positivamente com estas ferramentas, criando uma nova cultura de transmissão via internet. A Trajano Silva Remates realizará ao longo da Temporada de Primavera da Pecuária Gaúcha oito leilões de vendas de bovinos.

No calendário da leiloeira estão os leilões da GAP Genética, que ocorrem nos dias 18 de setembro e 9 de novembro, Top Devon, dia 21 de setembro, Espinilho e Soldera, dia 23 de setembro, Selo Racial, dia 25 de setembro, Santa Tereza, dia 6 de outubro, Bela Vista, dia 13 de outubro, e Aurora, dia 16 de outubro.

Seus frutos podem chegar a um peso acima de 60 gramas. Por isso foram chamados de “umbu gigante”. Brotando em umbuzeiros que ocorreram na natureza e que foram selecionados por agricultores em parceira com órgãos de pesquisas, essa Spondia se destaca por suas características genéticas diferenciadas. 

Para discutir seu papel na agrobiodiversidade, seus diversos usos e a necessidade de se ampliar valorização e potencialidades de sua cadeia produtiva, os pesquisadores da Embrapa Semiárido, Maria Auxiliadora Coelho e Viseldo Ribeiro debaterão a temática, acompanhados do produtor da eles o engenheiro agrônomo, Dilermando Morais.

O seminário online inicia a partir das 10 horas no próximo dia 11, sendo transmitido ao vivo pelo canal corporativo da Embrapa no Youtube. 

O umbu possui sabor exótico e, tradicionalmente, foi se tornando um disputado ingrediente para produtos diversos, comercializados em feiras livres, supermercados e lojas de conveniência. Seu extrativismo proporciona renda para milhares de famílias na região semiárida do Nordeste brasileiro. 

Com ele são feitos doces, geleias e até cerveja artesanal. A planta é bem conhecida dos moradores da Caatinga e os vaqueiros usam as batatas do umbuzeiro para matar a sede.

“Foi no final dos anos 90 que a Embrapa Semiárido e a extinta Empresa Baiana de Desenvolvimento Agrícola (EBDA) juntaram forças para fomentar o cultivo de umbuzeiros em diversas cidades da Bahia”, diz Morais. O resultado desse trabalho são quatro cultivares de umbuzeiro melhores adaptadas às várias condições edafoclimáticas da região. Batizadas como BRS 48, BRS 52, BRS 55 e BRS 68, suas características atendem a demandas importantes da cadeia produtiva, principalmente para o processamento nas agroindústrias de doces, geleias, sucos, picolés, sorvetes, compotas e bebidas artesanais. 

Webinário

A última etapa do webinário ocorrerá no dia 02 de outubro, discutindo a “Situação Atual e Perspectivas do Umbu e outras Spondias no Nordeste”, com moderação do engenheiro agrônomo e extensionista da Empresa Paraibana de Pesquisa, Extensão Rural e Regularização Fundiária (EMPAER), Ewerton Bronzeado.

Os palestrantes serão: Denise Cardoso, presidenta da Coopercuc (Bahia), Maria Nazaré Alves de Queiróz, presidenta da Carimbu (Paraíba), José Roberto Nogueira, representante da Nossa Fruta (Ceará) e a engenheira agrônoma, Tiane Franco, da CONAB-PB.

Além da Embrapa, a realização é uma parceria da EMPAER, Sociedade Brasileira de Fruticultura e da Universidade Federal da Paraíba, por meio do Centro de Ciência Agrárias.

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