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Cadeia produtiva gaúcha investe em cultivo e comercialização da melancia Pingo Doce

Com máquina para o beneficiamento, atacadista pretende dobrar o volume de melancia comercializado diariamente


Com a proposta de valorizar a cadeia produtiva da melancia, o projeto Pingo Doce estimula agricultores, atacadistas e varejistas a investirem no produto. No Rio Grande do Sul, o cultivo de melancia Pingo Doce vem ganhando destaque e profissionalizando o segmento.

No campo, produtores investem no manejo que permite a boa convivência com as abelhas – imprescindíveis para a polinização das plantas. Utilização de mudas, fertirrigação e o controle dos tratos culturais para a rastreabilidade são algumas das práticas que proporcionam produto diferenciado.

A colheita da fruta começa em dezembro no estado e os produtores gaúchos comemoram boa safra da melancia produzida no sistema Pingo Doce. A produtividade do cultivo pode ser de até 50 toneladas por hectare. Gilberto Hambor e os irmãos Rodrigo e Roberson Garcia produzem Pingo Doce no município de São Jerônimo. Eles estão satisfeitos com os resultados na lavoura. Os agricultores afirmam que o valor agregado do produto, até 40% maior que o da melancia comum, compensa as exigências de manejo da lavoura. 

As frutas saem do campo e vão para a Ceasa de Porto Alegre. O empresário Neimar Gossler, da Donato Melancias, investiu em máquina para o beneficiamento da fruta. A melancia é lavada e escovada pelo equipamento, retirando restos de terra. Antes, este processo era manual. Com o ganho em qualidade e agilidade, o atacadista pode dobrar o volume de melancia recebido diariamente.

Neimar afirma que a demanda pela melancia Pingo Doce já é maior do que a oferta. Ele fornece o produto para importantes redes de supermercados gaúchos. A decisão de investir no equipamento veio após conhecer a cadeia produtiva da Espanha, onde é comercializada a melancia Fashion, que é o modelo seguido pela Pingo Doce no Brasil.

“Esta é a primeira máquina do país para o beneficiamento de melancia destinada ao mercado interno”, afirma Gossler. Ele também investe em contêineres e caixas de papelão que identificam e valorizam o produto no ponto de venda.

Do atacadista, a melancia Pingo Doce vai para o supermercado. As características do produto chamam a atenção do consumidor. A fruta é menor (entre 4 e 7 quilos), tem casca verde escura, polpa mais firme, com menos sementes e com o dobro de antioxidantes quando comparada às melancias convencionais. A Pingo Doce também é mais saborosa e doce.

“Nós acreditamos que todos os elos da cadeia colaboram com o sucesso do projeto Pingo Doce. O Rio Grande do Sul foi o primeiro estado a ter o cultivo e hoje destaca-se na produção. Assim, estamos contribuindo com o legado do setor”, afirma Leonardo Herzog, gerente de contas da Nunhems®, empresa de sementes de frutas e hortaliças da BASF.

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