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Café: receita de exportação supera US$ 1 bi no primeiro semestre

Valor é 20% maior do que o mesmo período de 2013


Só entre os meses de janeiro e julho deste ano a receita de vendas externas de cafés especiais já respondeu por 31,3% do faturamento total, superior aos 20,1% obtidos no durante todo o ano de 2013.

Informações da Associação Brasileira de Cafés Especiais (BSCA, na sigla em inglês) apontam que os embarques brasileiros de cafés diferenciados totalizam 4,8 milhões de sacas de 60 kg até o final de julho, correspondente a uma fatia de 23,7% das exportações totais de café efetuadas pelo País.

A receita obtida com as remessas do produto especial somou US$ 1,082 bilhão no acumulado do primeiro semestre de 2014. Em 2013, as vendas internacionais renderam US$ 1,036 bilhão, de um faturamento total de US$ 5,150 bilhões - somados os grãos tradicionais.

"Estamos em um momento bastante diferente ocasionado pela quebra de safra. Houve uma valorização real do produto, mas a maior procura ainda está no mercado externo", avalia a diretora executiva da associação, Vanusia Nogueira. A gerente de comércio e exportação de café da Cooperativa Regional de Cafeicultores em Guaxupé (Cooxupé), Maria Dirceia Mendes, lembra que a cultura do brasileiro interfere na expansão dos cafés especiais no País.

"Aqui no Brasil falta conhecimento às pessoas, mas também é uma questão de preço. Existe o conceito entre o brasileiro de procurar a mercadoria mais barata e fica difícil para as pessoas escolherem; não vemos muita gente que aceita pagar por um café diferenciado. O melhor seria aumentar os investimentos em degustações, como várias cafeterias de alto nível já fazem", explica.

Para Dirceia, no mercado externo já existe um conceito bem mais avançado sobre a procura por um café de qualidade, mesmo que se tenha que pagar mais por isso. Segundo a gerente, os principais compradores do café especial brasileiro são Estados Unidos, Japão e alguns países da Europa.

"Para a safra 2014/2015 ainda não temos estimativas, só teremos uma ideia maior a partir da previsibilidade das chuvas. As plantas ainda sofrem muito com a estiagem, está claro que vamos ter quebra forte novamente", conta a diretora da BSCA. Segundo o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), o Brasil deve colher 49,5 milhões de sacas do grão tradicional nesta safra, queda de 7,8%.

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