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Calor acelera crescimento das mudas e fumicultores transplantam o tabaco

Calor fez as mudas crescerem e com isso, alguns fumicultores iniciaram o transplante definitivo do tabaco da safra 2019/20


O calor verificado nas últimas semanas, aliado à umidade, fez as mudas crescerem e com isso, alguns fumicultores iniciaram, nesta semana, o transplante definitivo do tabaco da safra 2019/20. Segundo o diretor técnico da Associação dos Fumicultores do Brasil (Afubra), Paulo Vicente Ogliari, na região do Vale do Rio Pardo, geralmente, os fumicultores transplantam cedo o tabaco.

Segundo ele, além de alguns produtores também anteciparem o semeio das mudas, o calor acelerou ainda mais o crescimento das mudas. Ogliari observa que muitos produtores já podaram três ou até mais vezes as mudas. “E, para não precisarem podá-las novamente, os fumicultores efetuam o transplante”, observa.

Com um total previsto de 105 mil pés para esta safra, Márcio André de Borba (popular Zeca), morador de Linha Bem Feita, entre a quinta-feira, 20, e esta sexta-feira, 21, já plantou 40 mil pés. O restante será nas próximas semanas. Borba afirma que vai efetuar o plantio escalonado, o que facilita na hora da colheita, pois não vai sobrecarregar as estufas de cura e secagem do tabaco. Para tanto, ele também, fez o semeio escalonado.

Como a esposa trabalha fora, com carteira assinada, Borba contratou um colaborador fixo para ajudar a desenvolver a safra e ainda, contrata diaristas para o período de plantio e depois, para a colheita. O total é superior à safra passada, quando Borba plantou 78 mil e colheu 745 arrobas, numa média de nove arrobas por mil pés.

Recomendações

Tanto para aqueles que já estão transplantando ou vão iniciar o transplante das mudas nos próximos dias, Ogliari traz algumas recomendações, como por exemplo, trabalhar a terra, ou seja, deixá-la pronta para o transplante; aplicar a adubação de plantio e depois de plantado, aplicar as duas doseFs da adubação de reforço (salitre) e; contar com a sorte para colher uma safra normal, sem a incidência de intempéries climáticas como geadas, granizo e temporais. “A geada apenas causará algum estrago se as mudas ainda não tiverem se fixado no solo e criado raízes. A partir deste momento, se ocorrer alguma geada, os danos serão menores para as mudas”, salienta.

Além disso, observa Ogliari, o tabaco tem um ciclo e para as plantas se desenvolverem normalmente, elas precisam de calor, pois em três meses, elas já começam o ciclo da reprodução, ou seja, começam a largar a flor. Se elas não estiverem com o tamanho totalmente desenvolvido, vão largar flor com 15 a 18 folhas e o fumicultor terá uma produtividade menor, pois o ideal é de que as plantas já estejam com 20 ou mais folhas no momento da floração. “Se as temperaturas continuarem elevadas durante o ciclo de desenvolvimento das plantas como estão agora, com certeza, em três meses, no máximo até o fim do mês de setembro, os fumicultores iniciarão colheita”, projeta.

Índices

Como os fumicultores que já iniciaram o transplante ainda são poucos, Ogliari afirma que, por conta disso, ainda é muito cedo para quantificar o índice da área já plantada na safra 2019/20, o que será possível dentro de 15 a 20 dias.

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