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Câmara Setorial da Cadeia do Milho quer que governo acelere leilões oficiais

Produtores de aves e suínos, que usam muito milho como ração, alertam para o perigo de falta do produto


Brasília - O presidente da Câmara Setorial da Cadeia Produtiva de Milho e Sorgo, César Borges, disse nesta quarta-feira (27) que o setor deve apresentar até esta quinta-feira ao ministro da Agricultura, Wagner Rossi, proposta para que sejam acelerados os leilões dos estoques públicos de milho. “Discutimos a volta rápida dos leilões. Agora mais para abastecimento do que para garantia de preços mínimos, já que os preços se elevaram”, disse Borges, após reunião da câmara.

Produtores de aves e suínos, que usam muito milho como ração, alertam para o perigo de falta do produto. No início do mês, durante a divulgação do levantamento da safra 2010/2011, representantes do Ministério da Agricultura falaram sobre a possibilidade de adotar a estratégia de fazer leilão dos estoques públicos dos 5,5 milhões de toneladas de milho para evitar que o custo maior acabe influenciando o preço dessas carnes.

Borges disse também que começou a ser discutido na câmara setorial o uso do milho para fabricação de etanol. Segundo ele, o milho seria usado de forma complementar para diminuir o período de ociosidade da indústria de etanol, que trabalha a todo vapor após a colheita de cana e depois fica meses parada até a colheita seguinte.

“Não é nossa ideia usar o milho como nos Estados Unidos”, explicou, depois de dizer que gostaria do apoio do governo. No entanto, ele admitiu que as conversas estão muito no início e, além disso, a maior bandeira do etanol brasileiro no exterior é justamente sua produção a partir de um produto que não serve de alimento para a população: a cana-de-açúcar.

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