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Campeão de reciclagem

O Brasil aparece em primeiro lugar no ranking mundial dos países que mais recolhem embalagens de produtos agropecuários


O Brasil aparece em primeiro lugar no ranking mundial dos países que mais recolhem embalagens de produtos agropecuários, com destaque para os agricultores de Mato Grosso.

Agricultor há 34 anos, Vitório Cella lembra das dificuldades que teve para se desfazer das embalagens de agrotóxico. “Esmagava os latões para se decomporem e as embalagens de vidro eram enterradas num solo mais profundo. Depois, veio a embalagem plástica. E então veio a reciclagem. Com a reciclagem veio a conscientização da devolução”, disse.

Ele e outros produtores rurais podem agendar e fazer a entrega em uma das unidades recolhimento. A central em Sorriso recebe uma média de cem toneladas de embalagens de agrotóxicos por mês, vindos da cidade e de oito postos da região. É um trabalho que funciona há 11 anos e ajuda a evitar prejuízos ao meio ambiente e à saúde da população.

“Com a lei 9.974, de 20 de junho de 2000, surgiram as responsabilidades do produtor, da revenda e da indústria que fabrica”, disse a agrônoma Luciana Pereira.

Na central trabalham 12 funcionários que precisam estar devidamente equipados. Todo o material recolhido passa por um processo de limpeza e prensagem. Depois, é separado em fardos que pesam 80 quilos.

“Para deixar preparado para que a indústria faça o recolhimento para dar um destino final. Ela veio recolher aqui para destinar essa embalagem ao destino adequado”, explicou Amarildo Perin, presidente do Conselho das Associações das Revendas de Produtos Agropecuários de Mato Grosso.

Quando recicladas as embalagens se transformam em outros produtos. Mato Grosso é referência no país na reciclagem de embalagens. Só no primeiro semestre deste ano, o Estado destinou 3,3 mil toneladas de embalagens de agrotóxicos. Isso é 23% a mais do que o mesmo período do ano passado.

O Brasil recolheu, ano passado, noventa e quatro por cento das embalagens; o Canadá, setenta e três por cento; e a Alemanha sessenta e cinco por cento.

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