Campo Verde (MT) terá usina de biodiesel

Campo Verde (121 km de Rondonópolis) receberá a primeira usina para produção de biodiesel a partir de óleos vegetais e gordura animal. O empreendimento da Biocamp Indústria e Comércio de Biodiesel Limitida, será inaugurado no início de 2007 e terá capacidade de produzir no primeiro ano de funcionamento 50 milhões de litros de biodiesel. Sem falar em investimento feito pelo grupo formado por quatros empresários com negócios na cidade, Luiz Delvechio, representante da empresa, diz que a capacidade máxima de produção poderá passar para 100 milhões de litros do biodiesel no quarto ano de trabalho da usina. Cerca de 30 mil toneladas de óleo animal, extraído do sebo bovino, e em torno de 20 mil toneladas de óleo vegetal, tirado do girassol, serão transformados em biocombustível. “Pretendemos fomentar a cultura do girassol aqui no município. Pretendemos ainda a médio-longo prazo estimular outras atividades de onde poderemos extrair fontes renováveis”, explica Delvechio. O empreendimento está em fase de aprovações de licenças e de projetos para pleitear incentivos fiscais. Um dos pedidos do qual a carta consulta já foi aceita, foi o pedido de isenção do pagamento do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), através do Programa de Desenvolvimento Industrial e Comercial de Mato Grosso (Prodeic) implantado pela Secretaria de Estado de Indústria, Comércio e Minas e Energias (Sicme). “A nossa empresas atende os critérios estabelecidos para o pleito do Prodeic. Estamos aguardando para saber qual o percentual de incentivo fiscal que a empresa receberá”, observa Delvechio. Um dos critérios analisados pelo programa é a geração de postos de trabalho. A usina de biodiesel gerará 90 empregos diretos na fase de implantação e 120 na fase de produção. A atividade de transformação de fontes renováveis em combustível é uma das que contribui, segundo Delvechio para geração de emprego e renda. “A cada emprego direto gerado na indústria de biodiesel gera-se mil empregos indiretos no campo”, relata. Certificação: O sistema de produção da Biocamp foi certificado pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), pioneira em pesquisas com biodiesel. Um dos fatores pelo selo é a produção de biodiesel sem lavagem, processo usado por quase todas as empresas do setor. A técnica adotada pela Biocamp não há desperdício de água. “Até a nossa sobra poderá ser usada como adubo vegetal”, afirma Delvechio.