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Cana-de-açúcar: restrições ao cultivo em São Paulo preocupam Ocesp

O presidente Edivaldo Del Grande disse "ser contrário ao cerceamento do cultivo da cana no estado"


A intenção do governo paulista, capitaneada pelas Secretarias de Meio Ambiente e da Agricultura, de estabelecer restrições à expansão do plantio da cana-de-açúcar por meio de normas mais rígidas para a instalação de novas usinas de álcool e a ampliação das já existentes, foi recebida com preocupação pela Organização das Cooperativas do Estado de São Paulo (Ocesp). O presidente Edivaldo Del Grande disse "ser contrário ao cerceamento do cultivo da cana no estado".

Para ele, o que se deveria buscar é o "zoneamento técnico", com indicação das regiões mais apropriadas a determinadas culturas.

Del Grande afirma que "o governo paulista deve ter bom senso. Se o objetivo é diversificar as culturas e valorizar o cultivo de alimentos, é preciso criar mecanismos para garantir a renda do produtor rural. O produtor, sempre penalizado com as crises cíclicas no campo, opta pelas atividades que proporcionam maior renda. Apenas restringir a expansão da cana-de-açúcar apresenta-se como algo arbitrário e preocupante".

Os próprios técnicos da Secretaria do Meio Ambiente reconhecem que o maior problema está nas pastagens que servem à pecuária. Dos 19 milhões de hectares de terras agriculturáveis em São Paulo, 9 milhões são de pastagens e 4 milhões são de cana. Nos outros 6 milhões de hectares, nem todos aproveitados, se espalham outras culturas. Levando-se em conta apenas a área plantada é que a cana ocupa cerca de 70% do total.

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