Canadá considera tarifas sobre produtos agrícolas dos EUA
Período de consulta ainda pode durar 45 dias
Novas tarifas retaliatórias do Canadá sobre produtos dos Estados Unidos, incluindo mercadorias agrícolas, podem surgir novamente em breve. Foi isso que sinalizou David MacNaughton, embaixador do Canadá nos EUA na reunião anual da North American Agricultural Journalists Association (NAAJ) desta semana, em Washington.
De acordo com ele, as tarifas retaliatórias propostas são uma resposta aos EUA, usando a Seção 232 da Lei de Expansão do Comércio, de 1962, que coloca tarifas sobre aço e alumínio por razões de segurança nacional. Estes parâmetros foram instituídos durante as negociações do acordo comercial EUA-México-Canadá (USMCA). A nova aliança vem para substituir o Acordo de Livre Comércio da América do Norte e já foi assinado, mas ainda não foi ratificado entre as três nações.
"Quando os EUA impuseram tarifas (de aço e alumínio), dissemos que poderíamos aplicar as tarifas correspondentes - dólar por dólar - em retaliação às tarifas injustificadas e ilegais", diz MacNaughton. "Nossa posição é que as tarifas são injustificadas e ilegais e devem ir”, completa ele.
Os produtos agrícolas dos EUA nos quais o Canadá pode adicionar tarifas incluem maçãs, carne de porco e etanol. Durante um período de consulta de 45 dias, o Canadá determinaria qual teria o menor impacto sobre os consumidores canadenses e o maior impacto sobre os EUA.
"Isso é o que a retaliação é projetada para fazer", diz MacNaughton. “Eu indiquei ao Embaixador (Robert) Lighthizer (Representante de Comércio dos EUA) e a qualquer outra pessoa na administração, e um grande número de pessoas incluindo membros do Congresso, que estamos preparados para nos sentar hoje, amanhã, no dia seguinte, na próxima semana. a qualquer momento para tentar resolver este assunto”, finaliza.
