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Capacitação fortalece prevenção e monitoramento de doença de caprinos e ovinos na Bahia

O objetivo é intensificar a vigilância epidemiológica para o Scrapie no Estado


O objetivo é intensificar a vigilância epidemiológica para o Scrapie no Estado

A Agência de Defesa Agropecuária – ADAB, vinculada à Secretaria da Agricultura – SEAGRI, realizou na última terça-feira (13), o II Treinamento para Fortalecimento da Vigilância Epidemiológica da Paraplexia Enzoótica dos Ovinos e Caprinos – Scrapie (doença de caráter neurodegenerativo, progressivo e fatal), que contou com a participação de 15 servidores do órgão (Fiscais Estaduais Agropecuários e Técnicos em Fiscalização). O treinamento aconteceu no Centro de Desenvolvimento da Pecuária/Escola de Medicina Veterinária da Universidade Federal da Bahia – CDP/UFBA. O objetivo é intensificar a vigilância epidemiológica para o Scrapie no Estado, e padronizar a atuação havendo suspeita da doença nos rebanhos ovinos e caprinos.

“A caprinocultura e ovinocultura têm grande importância na pecuária da Bahia, principalmente para o pequeno e médio produtor, bem como nos plantéis de seleção, pois o Estado é detentor do maior rebanho de caprinos e o segundo de ovinos do Brasil. Desta forma, é de fundamental importância que os técnicos da Adab estejam aptos a realizar educação sanitária junto ao produtor e no atendimento às suspeitas, para minimizar os impactos econômicos e sociais causados pelo Scrapie”, esclarece o Diretor de Defesa Sanitária Animal, Rui Leal, que participou da abertura do evento.

O sucesso destes treinamentos está embasado na parceria entre o CDP/UFBA, a UFRB e Adab/Seagri. Os treinamentos foram realizados pelos técnicos da Adab José Neder Moreira Alves e Augusto Mesquita, e pelo professor de Patologia José Carlos de Oliveira, da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia – UFRB.

A doença

SCRAPIE ou paraplexia enzoótica dos ovinos, é uma doença do grupo das Encefalopatias Espongiformes Transmissíveis – EET, que também acomete os caprinos. Ela é causada pelo acúmulo de uma proteína anormal, denominada príon, associada ao scrapie (PrPsc). O prion é resultado de uma alteração de conformação da molécula normal, e é codificado pelo próprio hospedeiro.

Os sinais da doença normalmente aparecem de 2 a 5 anos após contato com o agente, e, até o momento, não existe vacina ou tratamento. O diagnóstico confirmatório é feito através de exame laboratorial para a detecção do prion, pela técnica da imunoistoquímica (IHQ). Devido aos sinais clínicos comuns a outras enfermidades, inicialmente a scrapie pode ser confundida com sarna, piolho, raiva, toxemia da prenhez, fotossensibilização, por isso o médico veterinário deve ser comunicado sobre a suspeita da doença. Mesmo não sendo considerada zoonose, a situação sanitária de um país para scrapie interfere sobremaneira no comércio internacional de ovinos e caprinos, em seus produtos e subprodutos.

No Brasil essa doença é de notificação obrigatória e a principal medida sanitária para prevenir e controlar a scrapie em um país é a proibição da importação de ovinos e caprinos, ou outros produtos de risco, de países onde a doença é enzoótica. No caso de animais com suspeita clínica, por ser doença de notificação obrigatória, o serviço de defesa sanitária animal deverá ser comunicado, para a adoção de ações específicas.

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