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Caramuru prevê novas barreiras para chegar ao Porto de Santos

O grande problema do escoamento é a dificuldade na reserva de espaço nos vagões da Ferronorte


Atualmente, a outra alternativa ao intermodal da Caramuru Alimentos aos produtores de Mato Grosso para a chegada ao terminal da empresa no Porto de Santos (SP) é a partir de pontos ferroviários, como o de Alto Taquari, da Ferronorte. No entanto, o grande problema do escoamento por esta via é a dificuldade na reserva de espaço nos vagões da Ferronorte, segundo o diretor da Centrogrãos, João Birkhan.

A central de comercialização, localizada em Mato Grosso, reuniu em 2006 um pool de 52 produtores que juntos exportaram diretamente 150 mil toneladas de soja. São produtores de médio porte, principalmente da região Norte do estado, como Sinop e Sorriso.

Quase o total exportado no ano passado foi escoado pelo porto de São Francisco do Sul (SC) a um custo médio de US$ 100 por tonelada (entre despesas de frete e taxas portuárias), quase metade do preço do produto na época, que estava entre US$ 200 e US$ 210 a tonelada, conforme compara Birkhan. "As cargas tiveram que ir de rodovia até Maringá e, por trem no restante do caminho. A Ferronorte fica dentro de Mato Grosso, mas a maior dificuldade é conseguir espaço", lamenta.

Para a próxima safra, a Centrogrãos deve registrar a exportação de 210 mil toneladas de soja, mas não há expectativas positivas de menor custo com frete. "Aliás, a tendência é de alta do frete, já que a safra será maior, ou seja, aumentará a demanda pelo serviço", pondera Birkhan. O alento é a expectativa de melhora do preço do grão na Bolsa de Chicago que, pelo menos, diluirá o peso do frete, segundo o diretor.

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