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Carne bovina: Impulso às exportações

Inclusão do Brasil em Aliança Mundial (FNBA), valida a produção estadual e amplia o mercado


A Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat) participa essa semana em Durango e Mazatlán, no México, do encontro anual da Five NationBeef Alliance (FNBA). O evento aborda temas de importância para o setor e esse ano, em especial, discute a aceitação do Brasil e do Paraguai como novos integrantes do grupo. A possível inclusão do país beneficia diretamente Mato Grosso, estado que detém o maior rebanho nacional de bovinos, que terá o mercado de consumo ampliado e a produção reconhecida por importantes players mundiais, melhorando o ambiente internacional de negócios.

A Aliança é composta por Canadá, México, Estados Unidos, Nova Zelândia e Austrália, que representam 1/3 da produção mundial de carne, trabalham estrategicamente nas negociações entre países e na eliminação de barreiras comerciais meramente políticas e que não tenham cunho científico. Com um rebanho de 212,3 milhões de cabeças, o segundo maior no ranking mundial, o Brasil pode levar à FNBA a representar 50% da produção e 75% das exportações mundiais de carne bovina.

Desde 2014 a Acrimat vem atuando junto à FNBA como membro observador, trabalhando estrategicamente para que essa representação internacional fosse efetivada. Uma das ações foi o convite à Associação Nacional dos Confinadores (Assocon) para também participar e reforçar a presença brasileira na Aliança. Para o diretor secretário da Acrimat, Francisco Manzi, a integração fortalece a pecuária. “É muito importante para os pecuaristas brasileiros e por consequência, mato-grossenses. O Brasil precisa ampliar os mercados e fazer parte desta aliança internacional representa um grande passo neste sentido”, destacou Manzi.

Além do comércio, a FNBA tem como princípios a sustentabilidade da pecuária, o bem-estar animal, a comunicação como elo importante da cadeia e um programa voltado ao desenvolvimento de jovens líderes do setor. “Estamos confiantes que Brasil seja aceito como membro permanente, o que vai nos permitir desenvolver ações conjuntas entre os países, focadas em problemas que são comuns a todos”, destaca Olmir Cividini.

Durante os dois primeiros dias da Conferência foram realizados dois encontros formais - dos executivos de cada país, e a abertura oficial do evento, que reuniu os delegados de todas as comitivas. Para o diretor institucional da Assocon, Márcio Caparroz, estar presente nas decisões internacionais é primordial. “Sentar à mesa com as associações dos países mais representativos no comércio internacional além de comprovar a importância de estarmos alinhados, percebemos que sofremos dos mesmos males e que as diferenças são menores”, afirmou Caparroz.

SALDO – Conforme levantamento do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), Mato Grosso registrou em setembro o melhor resultado nas exportações em todo o ano. As exportações de carne bovina em equivalente carcaça cresceram 19,7%. Ao todo foram enviados ao exterior mais de 29 mil toneladas, volume este que foi, da mesma forma, 36,7% maior que o do mesmo período do ano anterior. Além de ser o maior volume embarcado em 2015, foi também o segundo melhor resultado para setembro em toda a série histórica que iniciou em janeiro de 1996. “Tal volume embarcado rendeu a maior receita de 2015, com US$ 107,8 milhões. Esse resultado deve-se, em grande parte, à desvalorização do real frente ao dólar, que chegou a 48,3% neste ano. Com isso, a carne mato-grossense ficou mais competitiva no exterior, ajudando a impulsionar as exportações e novamente emparelhar com os patamares históricos do último ano”, destacam os analistas de pecuária do Imea. (Com assessoria)

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