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Casca de arroz pode ser usada em aplicações médicas

"Seu potencial ainda não foi explorado em biomedicina"


Pesquisadores da Universidade Nacional da Colômbia (UNAL) e da Universidade Autônoma de Manizales (UAM), também na Colômbia querem aproveitar a sílica contida neste "desperdício" da casca de arroz dando-lhe aplicações médicas. O projeto envolve também estudantes de várias universidades no México. 

Nesse cenário, o professor Daniel Hincapié Rojas, do Departamento de Física e Química da UNAL Manizales, explica que, embora parte da escala seja comercializada para uso em estábulos, aviários e hortas, esse mercado não tem capacidade de consumir a biomassa disponível, que faz com que mais de 70% deste produto seja depositado em fontes de água ou queima. De fato, estima-se que na Colômbia os resíduos associados ao cultivo de arroz chegam a 400.000 toneladas por ano. 

Ele acrescenta que “embora a sílica tenha aplicações em áreas como construção, alimentos e tecnologia, seu potencial ainda não foi explorado em biomedicina. No grupo, descobrimos que esse elemento é muito interessante por causa de seu tamanho, seja em escala micro ou nanométrica, porque permite que a partícula seja carregada com alguns medicamentos e usada como veículo para uma liberação controlada desses em partes específicas do corpo”. 

O desenvolvimento da pesquisa está planejado em duas etapas. No primeiro, o processo de reutilização da casca de arroz foi realizado para obtenção da sílica. Isto foi realizado através da análise de propriedades físicas e químicas. O professor Hincapié ressalta que na segunda etapa “procuramos identificar a viabilidade da sílica através de testes de compatibilidade e bioatividade, ou seja, se o composto é um elemento que será tolerado pelo organismo”. 

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