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Case New Holland reestrutura comando


A indústria de máquinas agrícolas Case New Holland (CNH) anuncia hoje a reorganização no comando da subsidiária brasileira, seguindo o programa mundial de reestruturação do grupo Fiat, o controlador da holding. A partir de agora, as operações passam a ser divididas por regiões de atuação. O italiano Valentino Rizzioli, atual vice-presidente, assume a presidência de operações para a América Latina e tem pela frente a missão de ampliar a presença na região. Para 2003, a meta é aumentar a participação das exportações no faturamento de 20% para 35%.

A América Latina é responsável por 9% dos negócios globais do grupo, que registrou receita de US$ 9,5 bilhões no ano passado. A CNH possui três fábricas no continente, onde opera nos setores de máquinas agrícolas e de construção e emprega 2 mil pessoas.

Nova estrutura

Para a nova estrutura também serão anunciados os nomes de Marco Mazzù, que ocupava a diretoria de operações industriais da área agrícola e passa a ser o vice-presidente executivo para a área agrícola na América Latina, e de Francesco Pallaro, que era diretor comercial para o Brasil e assume a diretoria comercial para a América Latina. O diretor interino do Banco CNH Capital, Hélvio Quintão, será oficializado nessa função.

Nos novos cargos, todos terão que trabalhar com o foco no desenvolvimento do mercado regional. "Nos últimos três anos, o objetivo foi consolidar o processo de fusão da Case e New Holland.

A organização foi centralizada para poder unir as áreas industriais e filosofias de trabalho diferentes. Agora tem início um novo ciclo, que vai possibilitar uma proximidade maior com o cliente no mercado local. As necessidades do comprador brasileiro são diferentes do norte-americano e do europeu", afirma Rizzioli.

Mundialmente, a fusão entre as duas empresas, realizada em 1999, promoveu redução de custos de US$ 500 milhões por ano e diminuição do número de fábricas de 46 para 40. No Brasil, segundo Rizzioli, a aliança promoveu um aumento de 30% na competitividade e um corte de R$ 70 milhões nos gastos em três anos.

A CNH quer a-proveitar esses ganhos para investir pesado nas exportações e no aumento das vendas do mercado interno. Para 2003, estão programados R$ 30 milhões em investimentos para o setor de máquinas agrícolas e entre R$ 8 milhões e R$ 10 milhões para o segmento de equipamentos de construção.

No Brasil, a Case New Holland é líder de vendas em colheitadeiras, com 44,8% de participação, e detém a segunda colocação em tratores. Com 26,8% das vendas, a empresa está atrás da Agco, dona da marca Massey Ferguson.

O setor de máquinas agrícolas brasileiro vive um dos seus melhores momentos. Graças à boa safra agrícola e a programas de apoio, como o Moderfrota, o nível de produção de máquinas agrícolas atingiu o maior volume dos últimos 15 anos e as vendas no mercado interno cresceram 19,8% em relação ao ano anterior, totalizando 42,5 mil unidades.

Mercado externo

"Se for aprovado um novo Moderfrota para o setor de máquinas, vamos conseguir manter o patamar de vendas alcançado em 2002", afirma Rizzioli.

No mercado externo, a subsidiária vem expandindo suas vendas para fora da América Latina. Na lista de novos compradores estão África do Sul, e países do Oriente Médio, Ásia e Leste Europeu. Essas regiões já respondem por 30% das vendas externas.

No continente latino-americano, a CNH aposta na recuperação da Argentina. "O movimento está muito forte por causa do aumento da produção de grãos. Se isso se mantiver, vamos chegar ao mesmo patamar de vendas de dez anos atrás, com um mercado de 3 mil unidades", diz Rizzioli.

Cristina Rios

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