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Cearenses querem conquistar agronegócios na Ásia

A Ásia deverá ser o próximo grande destino para as frutas e outros produtos do agronegócio cearense


Ao longo dos últimos 13 anos, o Ceará diversificou a sua pauta de exportação e aumentou o número de mercados compradores. Com relação aos destinos das exportações cearenses houve redução da participação acumulada dos dez e 15 principais parceiros comerciais do Estado entre 1996 e 2009, o que demonstra a ampliação de destinos.

Essa desconcentração fez com que os Estados Unidos, mesmo mantendo a posição de principal mercado exportador, reduzissem a participação de 46,2%, em 1996, para 29,6%, em 2009. E a China, para onde o Estado não exportava nada, passou a sétimo maior país comprador. As vendas, especialmente de frutas para o Reino Unidos, cresceram passando da 13ª posição em 1996 para a segunda no ano passado.

Para o coordenador da Unidade de Inteligência Comercial e Competitiva da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil), Marcos Lelis, a Ásia será o próximo grande destino para compras do agronegócio cearense. Destaca que hoje eles compram alimentos processados e vão intensificar, nos próximos cinco anos, as compras de couro e também de frutas frescas. Explica que hoje ainda é caro fazer isso por causa da dificuldade de logística.

Lelis que ontem à noite apresentou o Estudo de Oportunidades dos Principais Setores Cearenses, na Federação das Indústrias do Ceará (Fiec), destaca que a parte de calçados e couros do Ceará também é forte. Mas a tendência, segundo ele, são os cearenses se especializem na fabricação de calçados de couro com design que têm maior valor agregado e podem ser exportador para Europa e Oriente Médio. Adianta que assim é possível fugir da concorrência asiática como estão fazendo as indústrias do Rio Grande do Sul.

O estudo da Apex mostra que o Ceará é o terceiro estado da região Nordeste que mais exporta. Em 2008, as exportações de melões, bananas e camarão congelado tinham como principal destino a Europa. A castanha de caju e lagosta congelada também registraram vendas substanciais para os Estados Unidos. “Os destinos com oportunidades para esses subgrupos estão, justamente, na América do Norte ou Europa. Algumas exceções são: Japão e Hong Kong, como oportunidade para o subgrupo de lagosta congelada, e Egito e África do Sul, com elevado crescimento nos últimos anos na importação de camarões congelados”, analisa a Apex.

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