Celulose: ESSES dividendos devem subir

Após resultados abaixo do esperado, tanto Suzano quanto Klabin preveem um quarto trimestre mais promissor e o mercado acredita que elas possam manter seus proventos. Há expectativas de aumento nos dividendos de Klabin (KLBN11) e Suzano (SUZB3) em 2024, devido a um possível aumento na demanda por celulose, a principal fonte de receita da Klabin, no último trimestre de 2023, de acordo com analistas e gestores.

Este ano, as maiores empresas de papel e celulose do Brasil, Klabin e Suzano, enfrentaram resultados desfavoráveis devido à flutuação cambial e à queda nos preços da celulose nos últimos seis meses. Apesar disso, o mercado mantém o otimismo em relação aos dividendos da Klabin e da Suzano, mesmo após uma temporada de "fundo" nos balanços.

Os dividendos da Klabin têm potencial para aumentar em 2024 devido à recuperação dos preços no mercado de celulose, que contribui com 30% da receita da empresa. A previsão é que a celulose continue a se recuperar em 2024. Além disso, a entrada em operação da segunda máquina da unidade Puma II, que produz papelão para exportação, deve impulsionar a produção nos próximos trimestres, melhorando o fluxo de caixa operacional (Ebitda) da Klabin e aumentando a possibilidade de manter ou aumentar os dividendos. Analistas também preveem um aumento nos dividendos da Suzano em 2024 devido à recuperação dos preços da celulose e ao desempenho no quarto trimestre.

O mercado acredita que os dividendos da Klabin (KLBN11) podem se estabilizar em 2024, de acordo com o Goldman Sachs. Espera-se uma melhoria modesta, mas não significativa, devido à redução no consumo de celulose e embalagens na Europa, o que pode diminuir o estímulo chinês ao setor. A perspectiva é de dividendos mais estáveis, com uma margem de distribuição de 7% a 9% do fluxo de caixa operacional nos próximos meses, resultando em um yield de 6% para os dividendos da Klabin, conforme apontado por Gustavo Harada da Blackbird Investimentos.