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Chamada pública propicia substituição gradativa do cultivo do tabaco no RS

A Emater/RS-Ascar é executora dessa proposta do MDA desde 2011


O produtor Ailton Rodrigues da Silva e a esposa, Patrícia, estão comemorando o primeiro mês dedicado a uma nova atividade: eles agora estão criando gado de leite. Entre junho e julho, as cinco vacas de leite produziram 120 litros/dia, que estão sendo comercializados, e a renda familiar deverá chegar a R$ 2.484,00. Segundo Ailton, o resultado foi melhor do que o esperado e isso motivou a família a reduzir, já nesta safra, o cultivo de tabaco de 40 mil pés para 25 mil.


A ideia de partir para a criação de gado de leite surgiu neste ano, quando o casal participou do levantamento que integra a Chamada Pública do Tabaco, do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA). Segundo o chefe do escritório da Emater/RS-Ascar em General Câmara, Valmir Focchi, o casal manifestou o interesse em desenvolver outra atividade que gerasse renda e que pudessem diminuir, gradativamente, a área com cultivo de tabaco. Os Silva são apenas uma das 80 famílias do município atendidas pelos extensionistas da Emater/RS-Ascar através da Chamada Pública.

A Emater/RS-Ascar é executora dessa proposta do MDA desde 2011 e, em maio deste ano, as ações iniciaram nos municípios de Barão do Triunfo, Camaquã, Cerro Grande do Sul, Chuvisca, Dom Feliciano, General Câmara e São Jerônimo, com a realização do diagnóstico das Unidades de Produção Familiar (UPF), através de visitas. Até o final deste mês a estimativa é que sejam visitados no total 880 UPF.

É importante salientar, de acordo com Focchi, que a chamada pública não destina recursos ao produtor, mas para a intensificação do trabalho de assistência técnica e extensão rural com o intuito de apoiar os agricultores na busca de alternativas de diversificação e geração de renda nas propriedades rurais. “A intensão também é que as famílias saiam da situação de vulnerabilidade social”, completa.


Pela proposta, além dos 880 diagnósticos, estão previstas 2.640 visitas técnicas, 44 cursos, 132 reuniões, 11 dias de campo e dois seminários. Essas atividades têm duração de 12 meses, com possibilidade de prorrogação, e estão divididas em fases de planejamento, acompanhamento, execução e avaliação das ações. A chamada está inserida no contexto da Convenção-Quadro para o Controle do Tabaco.

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