Chicago e dólar seguem puxando soja para cima
Moeda norte-americana disparou mais de 29% em 2020
De acordo com o que informou recentemente a TF Agroeconômica, as cotações da soja na Bolsa de Chicago, comadas com a situação atual do dólar continuam puxando o preço da oleaginosa no estado do Rio Grande do Sul. “Os preços voltaram a subir nesta quarta-feira, com a fortíssima alta em Chicago somando-se à alta do dólar no Brasil”, ressalta a consultoria.
“Com isto, os preços voltaram a subir mais um real/saca em Passo Fundo e no mercado futuro para maio de 2021 conforme acompanhamento dos analistas da TF Consultoria”, completa.
Nesse cenário, o preço futuro também subiu 0,66% para R$ 152,50/saca no porto, o equivalente a R$ 146,00 no interior e R$ 141,00/saca para o agricultor, com uma lucratividade em relação aos custos de produção de aproximadamente 66%. Em Chicago, o mercado de soja terminou com novos ganhos, em um contexto que deixou de lado a resolução da disputa trabalhista que paralisou o trabalho nos portos da Argentina e repesaram a falta de chuvas suficientes em áreas do Brasil e da Argentina.
Em relação ao câmbio, a consultoria afirma que o dólar disparou mais de 29% em 2020 marcado por pandemia, juros baixos e incertezas fiscais. “O dólar registrou leve alta contra o real nesta quarta-feira, mas encerrou 2020 com ganho acumulado de mais de 29%, deixando a moeda brasileira com o segundo pior desempenho global no ano em meio à pandemia de Covid-19, juros locais extremamente baixos e incertezas fiscais domésticas persistentes. O dólar à vista avançou 0,17% nesta sessão, a última do ano, a 5,1915 reais na venda. No mês de dezembro como um todo, a divisa norte-americana registrou perda de 2,03%”, conclui.