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China amplia proibição à canola canadense

Decisão surgiu horas depois de o primeiro-ministro canadense indicar uma provável trégua na disputa


O Conselho Canola do Canadá (CCC) indicou que as esperanças de que a disputa com a China sobre a importação de canola seja resolvida rapidamente estão desaparecendo à medida que a proibição se espalhou para todas as importações da commodity. No início deste mês, a China rejeitou remessas de canola da Richardson International, sediada no Canadá. 

Isso porque, a decisão ocorreu horas depois de o primeiro-ministro canadense, Justin Trudea, anunciar que estava otimista quanto a uma trégua, já que a China havia sinalizado que iniciaria debates sobre o tema. No entanto, a decisão dos asiáticos foi de ampliar a proibição.

O conselho afirmou que os exportadores de canola relatam que os compradores chineses "não estão dispostos a importar sementes canadenses de canola neste momento". "Estamos desapontados que pontos de vista diferentes não podem ser resolvidos rapidamente", disse Jim Everson, presidente do CCC. “Sob as circunstâncias, os exportadores canadenses de sementes de canola, que normalmente enviam para a China, não têm alternativa a não ser fornecer a clientes em outros países que valorizam a canola canadense de alta qualidade”, completa. 

A China é um mercado importante para a canola canadense, recebendo 40% de todas as exportações de sementes, óleo e farelo de canola, sendo que as exportações de sementes para a China valem US$ 2,7 bilhões em 2018. Autoridades da China disseram que a preocupação com a infestação de insetos fez com que ela rejeitasse as remessas anteriores. No entanto, há especulação de retaliação política ligada à prisão, em dezembro, de Meng Wanzhou, um executivo da empresa de telecomunicações chinesa Huawei. 

Durante a Convenção Canadense de Culturas em Montreal no início deste mês, o ministro das Relações Exteriores e da Agricultura do Canadá prometeu apoiar a canola canadense e garantiu que o governo estava trabalhando duro em uma solução. “Ministros canadenses e oficiais do governo responderam rapidamente às preocupações chinesas, no entanto, é improvável que discussões técnicas levem a uma resolução imediata. Instamos o governo do Canadá a continuar intensificando os esforços para resolver a situação", conclui. 

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